16/04/2020 às 19h42min - Atualizada em 16/04/2020 às 19h42min

Perdoar-se a si mesmo superando o passado

Fábio Antonio Gabriel

Fábio Antonio Gabriel

Doutor e mestre em Educação pela UEPG. Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia pela PUCPR.

Prof. Dr. Fábio Antonio Gabriel
Site Canção Nova
Uma dimensão do perdão consiste em perdoar-se a si mesmo. Parece fácil, mas nem sempre é um caminho tranquilo, porque muitas vezes temos dificuldade em aceitar as próprias falhas por serem erros que cometemos. É preciso, então, deixar-nos iluminar pelo Senhor que nos aceita tal qual somos, apesar de nossa condição de pecadores.
Certas escolhas muitas vezes nos trazem, como consequência, momentos amargos e ficamos nos cobrando por aquelas opções mal tomadas, mas é preciso olhar para frente; quem vive de passado é museu. Precisamos olhar para frente e buscar novos horizontes. Alguns erros que cometemos evidenciam nossa imaturidade e, conforme vamos amadurecendo, reeditamos nossa própria personalidade e temos condições de fazer escolhas mais acertadas.
Existe algo que você não perdoa no seu passado? Entregue ao Senhor e peça que Ele o ajude a perdoar-se a si mesmo. Quando temos dificuldade de perdoar-nos a nós mesmos também temos dificuldade em perdoar o próximo.
Quando olhamos para a vida de Santo Agostinho de Hipona, percebemos o quanto Deus operou na vida daquele que se tornaria bispo: uma profunda transformação; assim também devemos permitir que Deus aja em nossa vida. “Tarde te amei, oh, beleza eterna” diz-nos Agostinho. Pode ser que nossa experiência de fé tenha se consumado tardiamente, como afirma Santo Agostinho a seu respeito e tenhamos trilhado caminhos controversos, mas o Senhor nos pede a conversão e, ao mesmo tempo, o propósito de perdoar-nos a nós mesmos pelos caminhos errôneos que trilhamos.
“Em verdade, em verdade, vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante: o que entra pela porta é o pastor das ovelhas.” (João 10,10). Jesus é o Bom Pastor que quer conduzir nossa vida, basta que lhe entreguemos nossos caminhos. É preciso aceitar que podemos ter errado no passado, mas abrir nossos olhos para o futuro. Se há algo em nossa vida que necessita desse perdão a nós mesmos, coloquemo-nos em oração e peçamos a graça de perdoar-nos a nós mesmos, não vivamos imersos nessas torturas sem fim.
 
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Fábio Antonio Gabriel: doutor e mestre em educação pela UEPG; professor da Rede Estadual de filosofia; organizador e autor de diversos livros, entre eles Minutos de Reflexão (La Fonte)
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