02/08/2022 às 11h09min - Atualizada em 02/08/2022 às 11h09min

​Norte Pioneiro em alerta para a varíola dos macacos

Folha conversou com Marcelo Nascimento, diretor da 19ª Regional de Saúde, que explicou sobre a doença, sintomas e os meios de prevenção

Folha Extra
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Após passar por um período tenebroso devido à pandemia da Covid-19, as vacinas finalmente chegaram e trouxeram novamente a tranquilidade para população. Porém, nem deu tempo das pessoas voltarem totalmente à normalidade e uma nova doença vem assustando a população do redor do mundo. Trata-se da MonkeyPox, a varíola dos macacos.

A doença começou de forma sorrateira em solo brasileiro e, em poucas semanas, já infectou mais de mil pessoas em todo o país. Além disso, um paciente de Minas Gerais veio a óbito vítima de complicações causadas pela MonkeyPox. No Paraná, os últimos boletins apontam 19 casos confirmados, além de dezenas de suspeitos ou descartados.

Diante deste novo cenário, a Folha conversou com Marcelo Nascimento, diretor da 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, que falou sobre a doença, seus sintomas, tratamento e fez um balanço sobre a situação no Norte Pioneiro.

Nascimento começou falando sobre a situação nos municípios que fazem parte da 19ª Regional de Saúde. “Já tivemos um caso descartado e temos um suspeito aguardando resultado de exames do LACEN. Estamos em alerta e repassando as orientações aos profissionais de Saúde dos 22 municípios que fazem parte da Regional”, explicou.

Marcelo também falou sobre como ocorre a transmissão do vírus. “A doença ocorre entre humanos, principalmente através do contato com as secreções respiratórias, lesões da pele e objetos recentemente contaminados pela pessoa que está com a doença. Porém, a transmissão por gotículas respiratórias ocorre por um contato prolongado. A pessoa só deixa de transmitir a doença quando as crostas na pele desaparecem. Ainda não está claro se a doença é transmitida especificamente via sexual”, comentou.

Entre os sintomas, o principal são as erupções cutâneas. “Qualquer pessoas, independente da idade, apresenta subitamente erupção cutânea aguda em qualquer parte do corpo, principalmente nas genitálias. Também pode ocorrer adenomegalia ou febre”, explicou. “Os fatores de monitoramento são viagens a países da África, América do Norte ou Europa nos 21 dias anteriores a aparição dos sintomas. As pessoas também devem estar atentas caso tenham tido contato com indivíduos que estiveram nestes locais, além de contato intimo ou sexual com parceiros casuais ou desconhecidos”, completou.

O profissional é direto em relação a busca por tratamento. “A orientação é simples: caso a pessoa tenha algum sintoma ou se enquadre nas situações descritas, deve procurar um médico o mais rápido possível”, disse. “Caso haja suspeita, a pessoa deve manter abstinência sexual durante o período de transmissibilidade do vírus”, completa.

Sobre as formas de prevenção, evitar o contato é o melhor remédio. “A principal forma de se proteger é evitar o contato com pessoas contaminas, pois a doença é transmitida através do contato entre pele, pessoal ou de objetos utilizados pelo paciente infectado”, explica.

Ainda segundo Nascimento, no Paraná a doença tem sido mais ativa entre a faixa-etária dos 29 a 31 anos. “É uma doença com evolução benigna. Recomendamos que, ao apresentar sintomas, a pessoa procure o médico e, caso haja o diagnóstico, mantenha o isolamento por 21 dias até desaparecer as crostas”, comentou.

Vale ressaltar que não há vacinação mundial indicada contra a doença, sendo a prevenção o melhor remédio.

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