18/11/2022 às 15h24min - Atualizada em 18/11/2022 às 15h24min

​Comitiva Paulista refaz caminho dos tropeiros e passa pela Rota do Rosário

Romaria percorre cerca de 1700 quilômetros de Cruz Alta (RS) até Sorocaba (SP)

Assessoria
Assessoria
A Comitiva Paulista refaz o caminho dos tropeiros no Brasil, desde Cruz Alta no Rio Grande do Sul até Sorocaba no interior de São Paulo e no trajeto passou pela Rota do Rosário, mais especificamente em Piraí do Sul e Jaguariaíva nos Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná.

A expedição conta com cinco tropeiros montados, uma égua madrinha e 14 muares que são revezados nos dias de marcha para percorrer os 1700 quilômetros do trajeto. Ao todo são 70 dias de romaria, mesmo percurso feito pelos tropeiros por quase dois séculos no Brasil.

O presidente da Associação Turística do Norte Pioneiro do Paraná (Atunorpi), Welington Trautwein Bergamaschi esteve presente na recepção da Comitiva Paulista quando passaram pela cidade de Jaguariaíva, mais precisamente no Santuário Natural Santa do Paredão. “Essa comitiva com passagem pela nossa região mostra e fortalece ainda mais a Rota do Rosário como destino de turismo religioso para todo o Brasil”, frisou Welington.

A romaria era feita “trazendo as mulas do pampa que eram milhares uma vez que a minas da Bacia do Prata já haviam sido exauridas pelos espanhóis e estes animais ficaram sem utilidade soltos nas pradarias sulistas até a descoberta do ouro em Minas Gerais que necessitava transportar este ouro das minas até o litoral para ser exportado o que só poderia ser feito no lombo das mulas”, contou Dr. Vinicius Nadal de Mais, Integrante do Clube dos Tropeiros Alma sem Fronteira de Jaguariaíva e membro da associação do turismo sustentável melhor do Paraná de Jaguariaíva.

Ainda segundo o Dr. Vinicius, “com a notícia que no sul havia abundância desses animais iniciou o ciclo do tropeiros no Brasil onde as mulas eram tocadas as milhares para serem vendidas na famosa feira de Sorocaba de onde iam transportar o ouro das Minas Gerais. Este caminho foi aberto oficialmente por volta de 1732, onde ligou o sul aos Campos Curitibanos, saindo na região de São Luiz do Purunã, e foi responsável por originar pequenos povoados que viraram vilas e hoje são cidades que tiveram origem através dos tropeiros e durou quase dois séculos”, destacou.

De acordo com o Dr. Vinicius, os tropeiros eram muito religiosos e a comitiva paulista ao passar pela região dos Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná pode percorrer além no mesmo caminho das tropas a também da Rota do Rosário, em Piraí do Sul no Santuário de Nossa Senhora das Brotas, e em Jaguariaíva na Capela de Nossa Senhora Aparecida no Bairro Jangai e no Santuário Natural Santa do Paredão.

“Ali as origens se deram na época do Tropeirismo que foi um dos ciclos econômicos mais importantes do Brasil por romper fronteiras, delimitar territórios e originar cidades. Esta importância e religiosidade do homem tropeiro torna a Rota do Rosário um atrativo para este tipo de turismo religioso, pois a tradição de montar a cavalo faz parte da cultura do interior do Brasil e é responsável por gerar cerca de dois milhões de empregos diretos e movimentar cerca de R$ 20 bilhões por ano, o que torna importante incentivar esta atividade. A romaria pela Rota do Rosário tem este objetivo de preservar a cultura tropeira dos seus municípios que têm uma ligação forte com a religiosidade, proporcionando um incremento na microeconomia regional promovendo desta forma o turismo religioso e o resgate cultural”, finalizou.

Reunião com vice governador

O presidente da Atunorpi, Welington Trautwein Bergamaschi juntamente com Elizeu Rocha, coordenador do grupo de trabalho turismo religioso do estado do Paraná e assessor da governadoria do estado, estiveram recentemente em reunião com o vice-governador do Paraná, Darci Piana. Na reunião foram discutidos assuntos de relevância para fortalecimento do turismo no estado e principalmente no Norte Pioneiro com a Rota do Rosário e a Romaria Tropeira.

“Conversamos vários assuntos referentes ao turismo e turismo religioso do estado do Paraná, entre eles conversamos sobre a Rota do Rosário, tudo que tem agregado ao Norte Pioneiro e também a tudo que foi desenvolvido durante esses anos de trabalho, de estudo e de dedicação com relação a Rota do Rosário, de cada santuário, de cada devoção, dos padres, das associações, da cúria que cuida disse, do Dom Antônio [Braz Benevente] e também da Atunorpi que cuida dessa parte de estruturação dos destinos do turismo religioso na região do Norte Pioneiro”, explicou Elizeu.

Rocha contou ainda que durante a reunião foi conversado sobre o turismo da primeira Área Especial de Interesse Turístico Federal denominada Angra Doce que abrange municípios do estado de São Paulo e Paraná, no Norte Pioneiro do estado.

“Foi conversado sobre todo o desenvolvimento que pode haver na região. Foi uma reunião muito proveitosa, onde o Welington expôs todo o trabalho com relação a essas regiões, todo o trabalho do nosso grupo de trabalho turismo religioso e o vice governador se colocou à disposição para que também à partir de 2023 nós possamos avançar ainda mais com relação ao turismo religioso no estado do Paraná", finalizou Elizeu.

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