O Fair Play Financeiro ou simplesmente FPF (sigla inglês), segundo a UEFA (Union of European Football Associations) ou (União das Associações Europeias de Futebol) serve para melhorar a saúde financeira dos clubes europeus. Na Europa foi implementado em 2010 e a intenção era obrigar os clubes a gastarem dentro das suas possibilidades econômicas, ou seja, gastar somente o dinheiro que cada clube tem.
Caso seja provado que os clubes gastem muito mais do que recebem, equipes podem ser punidas. Isto tudo para não acabar com a competitividade no esporte. O Manchester City havia sido banido de todas as competições europeias por duas temporadas pela UEFA, o que chocou os amantes do futebol.
Segundo a alegação da UEFA, os donos do clube tinham feito aportes ilegais e camuflado receitas. Mas a decisão do banimento foi revertida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). Além disto, a multa de 30 milhões de euros foi diminuída para 10 milhões. O clube teria sido condenado apenas por não ajudar nas investigações, não por irregularidades contábeis. De acordo com alguns especialistas ouvidos pela
reportagem da casa de aposta Betway, esta decisão revertida, não é um tiro no pé do Fair Play Financeiro.
“O Fair Play Financeiro não foi criado para punir ninguém, nem criar sanções. Ele visa apenas o desenvolvimento sustentável, sem lavagem de dinheiro”, diz Pedro Daniel, diretor-executivo da Ernst & Young. Durante a conversa com o time da
Betway, site de apostas esportivas online, Pedro disse que os donos dos clubes têm permissão para fazer aportes de até 30% da receita do clube. “Se não passar disso, não há porque punir”. A expectativa é que o Manchester City que já está reforçando o elenco, na próxima Champions League será ainda mais favorito em sites de esporte bet.
Enquanto na Europa a implementação completa 10 anos, no Brasil o Fair Play Financeiro ainda está em faze de planejamento, mas deve ser implementado ainda em 2020. “A previsão é que seja implementado de maneira definitiva ainda esse ano”, afirma o otimista Maurício Corrêa, presidente da Comissão de Direito Esportivo do Instituto de Advogados Brasileiros.
O objetivo principal do FPF é obrigar os clubes a gastarem apenas o dinheiro que tiverem e não equilibrar as ligas e campeonatos. Os clubes com maior recursos financeiros como é o caso de Flamengo e Palmeiras, poderão gastar mais que outros clubes com menor aporte financeiro. Segundo o Pedro Daniel, especialista ouvido pelo site de apostas Betway Esportes, o FPF não é um movimento socialista, que busca o equilíbrio financeiro entre os clubes. “Se você tem mais dinheiro, você vai gastar mais”, confirmou.
O presidente da Comissão de Direito Esportivo do Instituto de Advogados Brasileiros, Maurício Corrêa ainda destacou os ganhos com a melhor gestão financeira. “A partir do momento que você tem uma gestão eficaz, com a visão de que as despesas não podem superar as receitas, cresce a possibilidade de atrair os investidores”, completou. Mesmo que o objetivo do FPF não seja que as ligas fiquem equilibradas, com essa melhor gestão financeira, os campeonatos podem sim ficar mais competitivos como consequência do FPF. Agora é aguardar para ver quando e como o sistema será implementado no Brasil.
As punições possíveis segundo a UEFA são: a) Advertência; b) Repreensão; c) Multa; d) Dedução de pontos; e) Retenção das receitas de uma competição da Uefa; f) Proibição de inscrição de novos jogadores nas competições da Uefa; g) Restrição ao número de jogadores que um clube pode inscrever para a participação em competições da UEFA, incluindo um limite financeiro sobre o custo total das despesas com salários dos jogadores inscritos na lista principal (A) para a participação nas competições europeias; h) Desqualificação das competições a decorrer e/ou exclusão de futuras competições; i) Retirada de um título ou prêmio.
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