02/01/2023 às 12h04min - Atualizada em 02/01/2023 às 12h04min

Moradores acusam policiais de força extrema em ação no bairro Aeroporto

PM e prefeitura emitem nota sobre ação na virada do ano

Redação
Reprodução Redes Sociais
Parte da população do bairro Aeroporto e adjacências em Jacarezinho invadiu as redes sociais com acusações contra policiais militares que teriam agido com extrema violência durante ação na madrugada da virada de ano na cidade.

Segundo as publicações, os militares já teriam chegado no local, na rua Fernando Botareli, principal do bairro, desferindo golpes com as tonfas, além de terem efetuado tiros com balas de borracha e disparado spray de pimenta e gás lacrimogênio para dispersar a população.

Moradores alegaram que os policiais foram agressivos até mesmo com quem estava quieto, inclusive contra crianças. Um pai relatou que sua filha pequena precisou de atendimento do Corpo de Bombeiros, pois passou mal ao inalar o gás disparado dentro de seu comércio.

Outro morador fez várias postagens onde mostra um grave ferimento em uma das mãos que teve fratura exposta ao ser atingida por balas de borracha disparadas pelos militares.

Ainda no domingo, dia 1º, a prefeitura de Jacarezinho emitiu uma nota onde informa que não teve relação com os fatos, lamenta o ocorrido e pedirá apuração junto aos superiores da corporação.

Nesta segunda-feira (2), o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Emerson Castelo Branco Oliveira também se manifestou a respeito, onde informa que existiam solicitações de perturbação do sossego e que os militares teriam sido recebidos com pedras, garrafas e outros objetos que foram arremessados nos policiais, "havendo a necessidade de reação das equipes, consequência das agressões e ataques sofridos", diz a nota.

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Agindo de forma técnica, seguindo Procedimentos Operacionais Padrão e todos os protocolos de atuação, a Polícia Militar fez o uso progressivo de força para conter e dissuadir aqueles que transgrediam as leis. A análise dos fatos ocorridos está sendo realizada e as situações em que porventura, tenham ocorrido abusos ou atos isolados, serão devidamente investigadas e apuradas, bem como, a identificação de pessoas que agiam em inconformidade com a legislação vigente", finaliza a nota da Polícia Militar.

Confira abaixo as duas notas emitidas pelas autoridades:
Comunicado oficial - O Prefeito Municipal de Jacarezinho, Marcelo Palhares, vem a público esclarecer que, diferentemente do que algumas pessoas publicaram na Internet, não determinou, não autorizou, não solicitou e não tem nenhuma relação com os lamentáveis atos de violência ocorridos na madrugada deste domingo, dia 1.°, no Bairro Aeroporto. O Prefeito lamenta o ocorrido, e solidariza-se com as pessoas que sofreram as consequências da ação da Polícia Militar do Paraná, que destoa dos serviços de excelência que costuma prestar à população de Jacarezinho e Região. Esclarece ainda que o Comando do 2.° Batalhão da Polícia Militar não é exercido pelo Prefeito, e sim pelos Comandos da  PM em Londrina e Curitiba. Palhares informa que solicitará a devida apuração dos fatos junto aos superiores hierárquicos da Corporação e prestará os devidos esclarecimentos no momento oportuno.
 
O Comando do 2° BPM informa: Quanto a Ação Policial Militar desencadeada na noite de 31 de dezembro 2022, no Bairro Aeroporto. Cabe ressaltar que existiam solicitações para a Polícia Militar, de moradores reclamando da perturbação da tranquilidade e sossego alheio, momento em que, equipes foram para o local para o reestabelecimento da ordem, sendo recepcionadas por pedras, garrafas e outros objetos lançados contra os Policiais Militares, havendo a necessidade de reação das equipes, consequência das agressões e ataques sofridos. Vale dizer ainda, que se compreende o momento festivo da data, contudo, o que se viu foi a instauração de uma situação de caos no Rua Fernando Botarelli, conforme se vê nas dezenas de vídeos divulgados nas mídias sociais. A Polícia Militar do Paraná, no cumprimento de sua missão constitucional, não pode compactuar ou se omitir a tais atos, que sabe-se ser praticado por algumas dezenas de pessoas. Agindo de forma técnica, seguindo Procedimentos Operacionais Padrão e todos os protocolos de atuação, a Polícia Militar fez o uso progressivo de força para conter e dissuadir aqueles que transgrediam as leis. A análise dos fatos ocorridos está sendo realizada e as situações em que porventura, tenham ocorrido abusos ou atos isolados, serão devidamente investigadas e apuradas, bem como, a identificação de pessoas que agiam em inconformidade com a legislação vigente. Nota para Imprensa nº001/2023. Ten.-Cel. QOPM Emerson Castelo Branco Oliveira, Comandante do 2º BPM.

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