26/01/2023 às 15h26min - Atualizada em 26/01/2023 às 15h26min

​Trecho entre Santo Antônio da Platina e Ourinhos está completamente abandonado

Mureta da Ponte do Ubá está sendo consertada, mas lombadas que causam acidentes não foram retiradas, e para piorar: sem sinalização eficaz

Gladys Santoro Biaggioni - Tá No Site
Tá No Site
Quem trefega pela BR-153, entre Santo Antônio da Platina/PR e Ourinhos/SP, passa por situações de perigo a cada quilômetro rodado. Não basta o descaso e falta de uma engenharia de trânsito competente para resolver o problema da Ponte do Ubá – km 33 – que tem lombadas em locais irregulares para obrigar os motoristas a reduzir a velocidade, a ausência de manutenção na pavimentação asfáltica em toda a extensão da estrada é flagrante, e tem colocado em risco a vida de milhares de usuários do trecho. São ondulação, buracos, caneletas onde há recuo, sinalização precária e inúmeros inconvenientes que obrigam os motoristas a manter a atenção redobrada. Um dos locais de maior tensão é o da Serra do Palmital, onde o asfalto, cheio de buraco e ondulações, obriga os motoristas a se arriscarem invadindo a pista contrária para desviar deles. Lembrando que trata-se de um trecho em declive com curvas acentuadas.   

Ubá - A situação da Ponte do Ubá vem se arrastando há meses, e até o deputado federal Pedro Lupion já entrou na história pedindo providências ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Ele solicitou o conserto da mureta que estava quebrada por conta de um acidente fatal ocorrido no dia 7 deste mês, e também medidas mais eficazes no lugar das lombadas instaladas nas duas extremidades da ponte.

Segundo o deputado, assim que o Dnit recebeu seu ofício respondeu que o encaminharia para equipe técnica avaliar. Hoje cedo (26), Lupion disse que não obteve mais nenhuma manifestação do órgão e que iria fazer contato novamente.

Esta semana a mureta está sendo consertada, e por isso o trânsito no local está lento, com apenas uma pista funcionando para os dois sentidos, o que está resultando em média de meia hora de espera para cada um dos lados.

Porém, a mureta é apenas a consequência de problemas bem maiores, que são as lombadas e a sinalização precária da existência delas, mas o Dnit não toma providencias, mesmo após o último acidente, que ceifou a vida de um motorista de caminhão de apenas 34 anos. 

Condutores de todos os tipos de veículos, que transitam frequentemente pelo local, denunciam que as lombadas estão afundando novamente, fato que já ocorreu em novembro do ano passado, e que foi corrigido de forma precária, pois o problema voltou. Quase que diariamente o Portal Tá No Site recebe fotos e vídeos do péssimo estado de conservação da ponte e de diversos trechos da BR-153.

Pedágio – Segundo usuários do trecho Santo Antônio da Platina/Ourinhos, a rodovia, que já era ruim na época em que funcionava um dos pedágios mais caros do Estado, agora está completamente abandonada, sem manutenção, sem melhorias, e sem avaliação de engenheiros especializados. A impressão que se tem, segundo alguns motoristas, é que o abandono seria uma forma de pressão para que a população aceite novamente as cobranças abusivas de alguma concessionária.

Para o deputado Pedro Lupion, a questão é financeira, e não se resume apenas à BR-153, mas também a algumas rodovias estaduais.

“Quando acabou o contrato, havia interesses para não se colocar pedágios durante a campanha eleitoral. Na verdade, o contrato de manutenção com o Dnit é ridículo. Não paga nem a roçada praticamente. Fica difícil. O órgão não tem dinheiro para manter todas as rodovias do País. Só no nosso Estado, se não me engano, são cerca de quatro mil quilômetros de estrada”, disse salientando que a falta de verbas inviabiliza a manutenção. “E não são somente as federais, as estaduais também: a PR-092, por exemplo, e as rodovias que levam as praias. De Caiobá a Curitiba está levando quase quatro horas por motivo de interdição”, disse ressaltando: “E quanto mais demorar o novo pedágio, mais destruídas vão ficar as estradas. Essa briga contra a nova concessão de pedágios acabou atrasando o processo licitatório e prejudicando as manutenções”, concluiu.


 

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