13/03/2023 às 13h02min - Atualizada em 13/03/2023 às 13h02min

​Ucrânia: quem desistirá primeiro?

Colaboração
A recente notícia, divulgada aqui no Portal JNN, sobre a chegada do pesquisador ucraniano Andrii Holod a Foz do Iguaçu aproxima-nos um pouco mais do drama que se está vivendo na Europa. No momento em que esse artigo é escrito, a Ucrânia acabou de sofrer mais um lançamento de mísseis de cruzeiro em grande número por parte da Rússia, enquanto a situação militar no terreno continua estagnada.

Existem notícias de que Kiev poderá estar preparando uma grande ofensiva na Primavera, com os tanques e outros recursos enviados por seus parceiros ocidentais. Mas é muito incerto que tal ofensiva seja suficiente para terminar o conflito. 

Esse é um bom momento para refletirmos sobre qual será a estratégia da Rússia para essa guerra. Nossa análise é que Putin está esperando que o Ocidente desista.

Putin está tentando a sorte? Talvez não

O lançamento de vagas de mísseis de cruzeiro é justificado pelo famoso porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, como instrumento para atingir infraestruturas militares e também o fornecimento de energia elétrica na Ucrânia. Na verdade, todo o mundo sabe que esses lançamentos procuram, acima de tudo, amedrontar a população ucraniana e, também, mostrar ao próprio povo russo que o presidente está em controlo da situação.

Os resultados práticos, todavia, são fracos. A Ucrânia vem conseguindo restabelecer o fornecimento de eletricidade e está cada vez mais decidida a não se render. Esses ataques de mísseis – dessa vez veio no dia seguinte à visita do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a Kiev – parecem lançamentos desesperados de um jogador tentando a sorte, dobrando a parada para recuperar as perdas. Se você se cadastrar em um site de cassino como o www.br.novibet.com, nunca jogue dessa forma; estabeleça um orçamento máximo, jogue apenas para se divertir e com responsabilidade.

Dissemos que esses ataques parecem jogadas na sorte – mas isso não significa que sejam mesmo. Como dissemos, Putin deve passar, internamente, a imagem de que se mantém poderoso. Na ausência de conquistas no terreno, os mísseis transmitem a seu povo essa imagem de força. Temos de assumir, claro, que grande parte do povo russo está favorável a essa “operação militar” e que o presidente Putin será cobrado pela derrota, e não pelo fato de ter iniciado a “operação”.

Os mísseis, em nossa análise, fazem parte da estratégia de longo prazo de Putin.

Não existem soluções de curto prazo
Nesse momento, o presidente Putin não tem mais soluções razoáveis para conseguir uma vitória definitiva. A utilização de armas nucleares está completamente fora da mesa – até o presidente chinês, Xi Jinping, já alertou que ninguém deve considerar o uso da bomba atômica. As armas especiais anunciadas pela Rússia, se tivessem a possibilidade de derrubar o regime de Kiev, já o teriam feito. Recorde-se que a Rússia perdeu o importante navio “Moskva” logo no início do conflito. 

Putin já procedeu a uma grande mobilização de soldados, mas ela envolveu, em grande parte, cidadãos das minorias étnicas não russas e prisioneiros. Isso torna as perdas mais aceitáveis para a população russa que forma o “centro” desse estado multinacional.

A solução para Putin é aguentar o conflito, “congelando” como fez na Geórgia ou no próprio Donbass depois de 2014. Depois, é esperar que uma mudança de presidente nos Estados Unidos, que os efeitos econômicos na Europa, etc., levem o Ocidente a desistir do apoio a Kiev. A crescente confrontação entre os Estados Unidos e a China sobre Taiwan pode parecer favorável a Moscou, levando os americanos a se focarem mais na Ásia. 

Será que Putin consegue, pelo menos, forçar os ucranianos a desistirem das cinco províncias que Moscou anexou e considera oficialmente como seu território? É muito incerto que consiga, mas parece ser o único raciocínio lógico na estratégia russa nesse momento.

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