13/03/2020 às 13h24min - Atualizada em 13/03/2020 às 13h24min

Quatro bons motivos para acreditar no sucesso da seleção nas eliminatórias para 2022

Assessoria
2020 será o ano em que Tite dirá a que veio quando decidiu aceitar o convite para ser técnico da Seleção Brasileira em 2016. Por melhor que tenha sido a campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, como lembra um de nossos artigos, a eliminação nas quartas de final da competição fez com que o atual técnico do Brasil deixasse de ser uma unanimidade entre torcida e imprensa.

Essa desconfiança foi parcialmente amenizada com a conquista da Copa América do ano passado. É verdade que a seleção não chegou a brilhar de fato, mas agora os jogadores contam com pelo menos um pouco mais de tranquilidade para chegar da melhor forma possível à próxima Copa do Mundo.

É improvável que o Brasil não termine entre os quatro primeiros colocados das dez seleções sul-americanas que participarão das eliminatórias que começam em março. No entanto, para que Tite também chegue a 2022, a seleção precisará ter atuações convincentes na maior parte destes 18 jogos. O que se segue são quatro bons motivos para acreditar nisso.

O fim do mito da “Neymardependência”

Desde que Neymar não esteve presente nos 7 x 1 aplicados pela Alemanha em 2014, ficou a impressão de que, com ele, a história poderia ter sido diferente. Assim, uma das melhores lições tiradas da eliminação frente à Bélgica na última Copa do Mundo – jogo que, aliás, movimentou Jacarezinho, com ruas sendo fechadas para que a população assistisse à partida – foi a de que nem mesmo um jogador como ele é garantia de vitórias para o Brasil.

Para acabar de vez com o mito da “Neymardependência”, no entanto, faltava à seleção conquistar um título sem seu principal jogador. E foi exatamente o que aconteceu na última Copa América. A vitória sobre o Peru na final, além de tirar um peso das costas do elenco, deixou claro que um time que conta com Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Roberto Firmino pode, sim, se virar muito bem sem Neymar.

O bom momento de Neymar

Esse segundo ponto, a princípio, pode dar a impressão de contradizer o primeiro. Mas seria tolice negligenciar a capacidade que o craque do Paris Saint Germain tem de decidir uma partida. É claro que no futebol não se ganha nada sozinho, mas Neymar – que ainda é o responsável pela transferência mais cara da história do futebol – faz parte daquele seleto grupo de jogadores cuja simples presença em campo já é o bastante para fazer com que o adversário repense toda a sua estratégia.

Não é à toa que o PSG é considerado um dos favoritos à conquista da atual Liga dos Campeões. Nas cotações da Betway, site de aposta esportiva, em 20 de janeiro, o título da equipe parisiense paga 8,00. Por enquanto, Liverpool, Manchester City e Barcelona estão à frente do PSG. Mas, se Neymar mantiver as ótimas atuações que vem tendo nos últimos jogos, não será nenhuma surpresa ver essa ordem mudar.



A defesa

Todos sabem o quanto Tite é precavido defensivamente. Ainda assim, os números dos seus 48 jogos à frente da seleção impressionam: foram 33 partidas sem sofrer um único gol, e apenas 17 gols sofridos no total.

Além disso, apenas por duas vezes a seleção levou mais de um gol em um único jogo: a primeira foi justamente na fatídica derrota de 2 x 1 para a Bélgica na última Copa do Mundo; a segunda, no empate em 2 x 2 contra a Colômbia em amistoso realizado em setembro passado.

Para entender isso, basta considerar o seguinte: qual outra seleção sul-americana pode se dar ao luxo de ter que escolher apenas dois zagueiros entre Marquinhos, Thiago Silva e Miranda? E que outro goleiro no mundo está em melhor fase do que Alisson?



Renovação

Alguns jogadores, como Willian, devem disputar sua última Copa em 2022. No entanto, existem boas razões para continuar acreditando no sucesso do Brasil no médio prazo: como lembra o site oficial da CBF, em outubro passado foram convocados pela primeira vez Rodrygo, Douglas Luiz e Emerson, todos com menos de 22 anos.

E isso sem falar em Renan Lodi, ex-lateral esquerdo do Athletico e titular do Atlético de Madrid. Como observado por André Rocha em seu blog no UOL, ter como treinador alguém como Diego Simeone faz com que sejam boas as chances de que Renan se torne um jogador mais completo do que Marcelo. Se ele será titular da seleção por tantos anos quanto o lateral do Real Madrid, isso apenas o tempo dirá.

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