12/06/2023 às 10h15min - Atualizada em 12/06/2023 às 10h15min

Nota de esclarecimento ao PortalJNN sobre a greve na UENP

Comando de Greve UENP
O Comando Docente de Greve da Universidade Estadual do Norte do Paraná apresenta, por esta nota, alguns esclarecimentos sobre a situação da greve na UENP, a partir da reportagem intitulada “UENP em Jacarezinho mantém greve em protesto por melhores salários”, postada pelo Portal JNN, no dia 09 de junho de 2023 (link de acesso: https://portaljnn.com/noticia/23642/-uenp-em-jacarezinho-mantem-greve-em-protesto-por-melhores-salarios ).
Nesse sentido, esclarecemos que a greve se dá pela não reposição salarial de sete anos pelo governo do Estado do Paraná. Ou seja, a greve é para que o Estado cumpra a lei da Data Base, direito constitucional de toda categoria e que tem sido negada aos trabalhadores do Executivo, entre eles os professores universitários. A defasagem pela não recomposição anual dos salários nestes sete anos está em torno de 42%, o que representa uma perda salarial inestimável de algo em torno de 4 a 5 salários, por ano, para a categoria.
Esclarecemos também que a UENP é uma universidade multicampi e o conjunto dos professores de toda a UENP (Campus de Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio), reunidos em assembleia da categoria, decidiram por manter a greve, com nova assembleia prevista para o próximo dia 14 de junho, quarta-feira. Cerca de 3.800 alunos estão sem aulas no momento, mas terão a reposição integral das aulas garantida uma vez que o calendário acadêmico foi suspenso pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. 
Nesse contexto, o “contraste” apresentado com relação à outras universidades, que suspenderam a greve por 30 dias, representa a autonomia das análises da base e dos Comandos de Greve de cada instituição, a partir dos cenários construídos até aqui e das perspectivas que se desdobram para os próximos momentos. Com um Comando de Greve Estadual unificado, mas com respeito à autonomia de cada Comando de Greve local, as decisões tomadas em assembleias em cada universidade manifestam o prevalecimento da análise da base sobre a questão. 
No caso da UENP, avaliou-se que, apesar do aceno do encaminhamento do Plano de Carreira Docente pelo governo, após conversa com os reitores, e destes com o movimento grevista, não há compromisso registrado e nem tão pouco cronograma apresentado. Ou seja, não há perspectiva da Data Base e nem da implementação efetiva do plano. Nesse sentido, a categoria nunca se opôs à implementação do plano, destacando inclusive que essa é uma pauta sindical de mais de dez anos da própria categoria. Esclarece-se também que ambas as pautas não são excludentes. Não é uma ou outra. A recomposição dos salários é fundamental e a implementação do plano representa o reconhecimento a uma categoria que luta para garantir que a universidade seja Pública, Gratuita e de Qualidade.
Por fim, constata-se inevitavelmente, que a pauta do Plano de Carreira teve sua movimentação em função da greve, considerando que a mesma estava parada nas instâncias governamentais muito antes da deflagração do movimento grevista. Ou seja, não foi a greve que atrapalhou a movimentação do plano, mas foi o que destravou. Nesse sentido, o que se apresenta, nesse momento, para a categoria é “dar um recibo em branco” para um governador que, na sua intransigência, não conversou antes da greve, durante a greve e já afirmou que não conversará com a suspensão da greve. É isso que a categoria continuará avaliando nos próximos dias para definir seus encaminhamentos na próxima assembleia.
Os representantes do movimento se colocam à disposição para apresentar esclarecimentos à imprensa sobre as decisões da categoria. 

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