15/06/2023 às 12h18min - Atualizada em 15/06/2023 às 12h18min

Paraná em alerta: Aumento preocupante de casos de febre maculosa desde 2018

Jivago França
Reprodução/Sesa-PR
A Secretaria da Saúde (Sesa), em parceria com equipes técnicas da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, tem monitorado de perto a febre maculosa no Paraná. Essa doença, transmitida pelo carrapato-estrela, teve seu primeiro caso confirmado no estado em 2006, no município de Itambaracá, situado na região Norte.

Nos últimos anos, foram registrados casos confirmados da doença. Em 2022, ocorreram 63 notificações, com nove casos confirmados e dois óbitos em Ribeirão Claro, município sob a abrangência da 19ª Regional de Jacarezinho. Essa situação trouxe grande preocupação às autoridades de saúde.

Neste ano, já foi confirmado um caso em Foz do Iguaçu, região Oeste, com 43 notificações. Em anos anteriores, também foram registrados casos, sendo 5 em 2018, 19 em 2019, 10 em 2020 e apenas um caso em 2021. Esses números ressaltam a importância da vigilância e das medidas preventivas adotadas pela Vigilância Ambiental no Paraná.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca a atenção dedicada à doença. Equipes capacitadas estão constantemente se atualizando por meio de cursos e treinamentos em parceria com o Ministério da Saúde. Ele enfatiza que em caso de suspeita da febre maculosa, é fundamental buscar imediatamente os serviços de saúde para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

A febre maculosa é uma doença febril infecciosa causada pela bactéria Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato-estrela. Essa espécie de carrapato é mais comumente encontrada em áreas próximas a matas com alta umidade. Além disso, esses carrapatos também podem se hospedar em animais como bois, cavalos, capivaras e cachorros, estabelecendo o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor.

A Secretaria da Saúde publicou a Nota Técnica 001/2019, que fornece informações sobre a vigilância epidemiológica, sintomas, cuidados, manejo e tratamento da doença. É fundamental que qualquer caso suspeito seja notificado imediatamente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), preenchendo a Ficha de Investigação da Febre Maculosa.

Ressalta-se ainda que o Ministério da Saúde atualizou para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados em todo o país em 2023, com oito óbitos registrados. É importante frisar que todos os óbitos ocorreram na Região Sudeste, sendo seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. As regiões Sudeste e Sul apresentam a maior concentração de casos.

Diante desse cenário, o ministério alerta para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Assim que surgirem os primeiros sintomas, como febre súbita, dor de cabeça e no corpo, é essencial procurar imediatamente as unidades de saúde para avaliação médica e acesso ao tratamento disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério tem promovido ações de capacitação contínuas para profissionais da vigilância e da atenção à saúde, visando combater a doença de forma efetiva.

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