10/09/2020 às 18h09min - Atualizada em 10/09/2020 às 18h09min

​Saúde do Paraná assume projeto de controle natural do mosquito

Projeto de controle natural do mosquito da dengue desenvolvido em Jacarezinho está sendo implementado pela Sesa-Pr

Tribuna do Vale
Antônio de Picolli / Tribuna do Vale
Uma experiência desenvolvida pela empresa de biotecnologia Forrest Brasil, em Jacarezinho, Norte Pioneiro do Paraná, está sendo encampada pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) que vai introduzir nas cidades de Ibiporã, Uraí e Ortigueira, graças a um convênio com a multinacional de origem israelense.

A prática iniciada em Jacarezinho demonstrou grande eficiência no controle populacional do mosquito da dengue (Aedes aegypt) e demonstra ser a solução para o drama vivido por dezenas de municípios paranaenses, atingidos por epidemias causadas pelo inseto transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.     

Trata-se do Controle Natural de Vetores (CNV), desenvolvido no Paraná, através da Forrest, que instalou unidades nas sedes do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) e Jacarezinho.

O experimento realizado em Jacarezinho foi acompanhado pela 19ª Regional de Saúde da Sesa, sendo constatada a eficácia do projeto, que foi colocado em prática pela Forrest Brasil, utilizando a tecnologia do “inseto estéril”. Depois dos testes no instituto, agora é a hora de levar o projeto para operações empresariais no Norte do Estado, revela o secretário de saúde do Paraná, Beto Preto.

Quando do início do ano epidemiológico da Dengue, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, mostrou interesse ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de utilizar a nova ferramenta ao lado de outras modalidades de combate à doença.

Segundo informações da Sesa, o CNV da Forrest Brasil trata-se de uma técnica de manejo biológico. Por conta disto, as ações de planejamento começam com bastante antecedência, com uma colônia de Aedes aegypti para cada região a ser tratada, gerando insetos estéreis e para um tratamento em larga escala.  A iniciativa visa propiciar ao Estado um sistema de Controle Biológico para a eliminação e controle do mosquito.

Parceria

Segundo Renato Re4zende, diretor operacional da Forrest, o Controle Natural de Vetores usará a dispersão de cerca de 12 milhões de mosquitos machos estéreis em quatro municípios paranaenses, além de Jacarezinho, pois os machos da espécie Aedes aegypt  não picam, sendo um processo totalmente seguro para a população.

O executivo explica que somente as fêmeas do inseto são responsáveis pela propagação das doenças, pois elas necessitam do sangue humano para nutrir seus ovos. “Uma das características desta espécie de mosquitos (o Aedes aegypti), é que a fêmea realiza apenas um único acasalamento em todo seu ciclo de vida. Após acasalar, as fêmeas rejeitam outros machos e partem a picar pessoas e depositar seus ovos no ambiente”, observa.

“Como a Forrest dispersa milhões de machos estéreis, a maioria das fêmeas acasalam com esses insetos. Seus ovos, portanto, não eclodem, provocando uma redução natural da população de mosquitos de mais de 90% já no primeiro ciclo de tratamento. No segundo ciclo, a eliminação é praticamente total”, explicou Renato Menezes.

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