​Polícia suspeita que homens que roubaram R$ 1 milhão em Londrina sabiam que empresários estavam com dinheiro

A Polícia Civil suspeita que homens que roubaram 210 mil dólares - o equivalente a mais de R$ 1 milhão - de empresários na escola de aviação que funciona no Aeroporto 14 Bis em Londrina, no norte do Paraná, sabiam que as vítimas estavam com dinheiro.

O assalto foi no último dia 31 de agosto no local que é privado e funciona próximo ao distrito da Warta, região norte da cidade.

Em depoimento, uma das vítimas, afirmou que saiu da cidade de São Paulo com destino a Ourinhos, cidade também no estado de São Paulo, e que lá recebeu a quantia de 210 mil dólares referentes ao pagamento de um produto.

Ela disse ainda à polícia que o destino foi Londrina, onde encontraria outro cliente do estado de Mato Grosso. Inicialmente o suposto cliente encaminhou uma localização para que ambos se encontrassem. Depois enviou outro endereço, a escola de aviação que funciona no Aeroporto 14 Bis.

Ao se deslocar ao local, a vítima afirmou que o carro onde estava com outro empresário foi perseguido por dois outros dois veículos. Ao chegar na escola, ele contou que foi até a recepção e pediu informações sobre o suposto cliente, momento em que foi informado que não havia ninguém ali com aquele nome.

O empresário então teria voltado ao carro, momento em que os suspeitos vestidos com roupas da polícia, anunciaram o assalto e, sem seguida, fugiram.

O local, segundo a polícia, não possui câmeras de monitoramento.

"As investigações estão voltadas na identificação dos autores do crime de roubo, e também para identificar essa pessoa (suposto cliente do mato Grosso) porque ao que tudo indica, ele é o autor desse fato. A princípio uma pessoa de Mato Grosso, mas que teria alguma empresa em Londrina", destacou o delegado Mateus Prado que investiga o caso.

Além dos 210 mil dólares, foram roubados também outros oito mil dólares, que segundo uma das vítimas, seria usado para compras no Paraguai já que após a passagem por Londrina, os empresários iriam para Foz do Iguaçu depositar o dinheiro em um banco de confiança de uma das vítimas.

Origem do dinheiro é investigada
Conforme o delegado, a origem do dinheiro que foi recebido pelas vítimas no interior do estado de São Paulo também é alvo de investigação.

"A vítima apresentou inconsistências (no depoimento), contradições, então aliados ali a transportar essa quantia em dinheiro, segundo ela tem nota fiscal, mas tudo isso será avaliado. Havendo algum indício ali de crime também cometido por essa vítima, ela será responsabilizada", afirmou o delegado Mateus Prado.

O delegado informou que um dos suspeitos que foi morto após confronto com a polícia estava com um celular vai passar por perícia que vai auxiliar nas investigações.

Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem.