06/12/2023 às 12h16min - Atualizada em 06/12/2023 às 12h16min

​Sessão da Câmara de Tomazina é marcada por confusão entre jornalista e vereadores

O clima ficou acalorado quando alguns parlamentares foram questionados sobre a situação do menino esquecido em um ônibus escolar

Folha Extra
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O clima esquentou durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Tomazina realizada na noite desta segunda-feira (04). A confusão começou quando alguns vereadores passaram a ser questionados por um jornalista sobre o caso do menino que foi esquecido dentro de um ônibus escolar.

De acordo com a denúncia encaminhada a reportagem da Folha, mais uma vez os advogados Celso Antônio e José Diniz, representantes da família do menino no caso, foram impedidos pelo presidente da Câmara vereador Edvaldo Vitor Ribeiro de utilizar a palavra na tribuna. Segundo os advogados, o requerimento para o uso da palavra na tribuna foi feito com dez dias de antecedência, mas foi negado pela segunda vez sem justificativa.

O advogado José Diniz informou que tentou o diálogo junto aos vereadores que fazem parte da base política do prefeito Flávio Zanrosso, mas alega que os parlamentares deixaram o plenário da câmara e não houve conversa. “Os vereadores quando perguntei sobre qual atitude estão tomando referente ao caso, eles fugiram. O vereador César Bueno se mostrou bastante descontrolado, me parecia muito nervoso, eu na realidade não sei o que eles estão tentando esconder, é algo muito estranho”, comentou.

Já o advogado Celso Antônio disse não entender qual é a motivação do presidente da Casa de Leis em negar espaço para o uso da tribuna. “É um momento difícil para o povo tomazinense, quando se cassa a palavra de um cidadão a democracia agoniza. O Presidente da Câmara, o Edivaldo Vitor, desconhece a palavra democracia, tempos difíceis vivemos na Câmara de Tomazina. Hoje, o povo está em segundo plano para o Presidente da Câmara”, comentou.

Um jornalista curitibano que estava presente na sessão tentou contato com os vereadores Cesar Bueno de Melo e Laércio Bonini, mas não obteve sucesso. Já os vereadores Flávio Farias e Neli Couto disseram ao jornalista que irão buscar a abertura de uma CPI na Câmara para investigar o caso.

Relembre o Caso

A situação aconteceu na terça-feira dia 21 de novembro quando um menino de dois anos e oito meses foi esquecido no interior de um ônibus escolar que faz parte da frota da prefeitura municipal de Tomazina. Na ocasião, o menino utilizava o coletivo para ir de um Cemei até a escola da Apae, mas ele não chegou a o local. Segundo relatos de Anamélia Soares, mãe da criança, os professores se deram conta que o menino havia desaparecido após perceber que o material havia sido entregue na escola, mas Miguel não.

Com isso, o caso foi repassado a secretaria municipal de Educação que deu início as buscas pelo menino que foi encontrado dentro de um ônibus escolar que estava estacionado no pátio da prefeitura. Segundo Anamélia, seu filho permaneceu cerca de três horas sozinho trancado dentro do coletivo.

A reportagem da Folha, o secretário Flávio Santos Fontanelli informou que a prefeitura irá prestar todo auxílio a família e a criança reforçando ainda que o caso será investigado através de procedimento interno e que o motorista havia sido remanejado para outra área. Ele também explicou que, no referido dia, o monitor do ônibus teve um atraso e por isso não estava presente no coletivo.

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