12/12/2023 às 12h13min - Atualizada em 12/12/2023 às 12h13min

​Vereador baleado em Santana do Itararé passa bem, mas pode ser preso após deixar o hospital

José Devalmir dos Santos foi baleado por policiais militares durante uma confusão com o ex-genro

Folha Extra, RPC e Tribuna do Vale
Na última sexta-feira (08), o vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Santana do Itararé, José Devalmir dos Santos, o Coquinho, foi baleado durante uma abordagem policial por estar armado e não ter acatado as ordens dos policiais. As informações são do delegado da Polícia Civil de Wenceslau Braz, Hauarlei de Oliveira Chaves, que investiga o caso.

Conforme as informações apuradas pela Folha no dia do incidente, segundo uma testemunha Coquinho vinha sendo ameaçado pelo se ex-genro que, na referida data, esteve em sua casa tendo início uma discussão entre os dois. Durante a confusão, o vereador teria sacado uma arma. Com isso, a equipe da Polícia Militar foi acionada e esteve no local para prestar atendimento a ocorrência onde o vereador acabou sendo alvejado.

De acordo com o delegado, a equipe da Polícia Militar chegou ao local da ocorrência e se deparou com o vereador apontando a arma para um outro indivíduo, sendo então dada a ordem para que ele largasse a arma. Porém, segundo as investigações, o vereador não acatou a ordem e, devido a ameaça, o policial realizou o primeiro disparo. Na sequência, novamente o policial militar deu a ordem para o vereador soltar a amar, mas não foi acatada sendo realizado mais um disparo.

Diante da situação, foi acionada a equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que realizou os primeiros socorros e encaminhou Coquinho para o hospital do município. Em seguida, o vereador foi transferido para a Santa Casa de Jacarezinho devido ao seu quadro clínico. Na manhã desta segunda-feira (11), a Folha conversou com familiares do vereador que informaram que o paciente está bem, consciente e conversando, mas ainda não foi informado quando ele terá alta médica.

A Folha apurou que Coquinho teria a posse da arma registrada, mas conforme explicou o delegado, o vereador foi preso em flagrante por porte irregular de arma de fogo. A prisão foi convertida em prisão preventiva pela Justiça.

Ainda de acordo com o delegado, até o fechamento desta matéria o vereador segue com a prisão preventiva decretada e está sob custódia da Polícia Militar. Hauarlei ainda informou que a decisão pode ser alterada conforme pedidos sejam realizados pela defesa e acatados pela Justiça. Caso o vereador receba alta e a prisão preventiva ainda esteja em vigor, ele pode ser preso. O delegado ainda informou que o depoimento do ex-genro do vereador já foi colhido, assim como o do policial militar envolvido na situação também foi registrado durante o flagrante pelo delegado de plantão. Agora, Coquinho também deve ser ouvido para a sequência do inquérito policial.

Segundo a defesa do vereador, ele estava defendendo a filha que vinha sofrendo violência doméstica e que ele mesmo foi quem acionou a Polícia Militar. Ainda conforme a defesa, Coquinho não realizou nenhum disparo. Já a Câmara de Vereadores diz que está acompanhando a situação.

A Folha entrou em contato com as equipes da Polícia Militar através da assessoria do 2º Batalhão de Jacarezinho, mas até o momento a PM não se pronunciou sobre o caso.

Assessoria jurídica diz que vereador foi alvejado pelas costas por policiais

Nota emitida pela assessoria jurídica da Câmara de Vereadores de Santana do Itararé nega que o presidente da casa, José Devalmir dos Santos, o Coquinho, tenha atirado contra policiais militares e ainda alega que ele foi atingido pelas costas, em abordagem na noite da última sexta-feira (8).

Após ser alvejado por dois tiros, um na região dorsal e outro na região abdominal, Coquinho foi encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia de Jacarezinho, onde passou por cirurgia e segue em quadro grave, porém estável.

A nota em questão refuta a ideia de que o vereador teria disparado inicialmente contra os PMs e acusa os militares de terem agido sem dar qualquer ordem ou aviso, além de alegar que no momento do segundo disparo Coquinho já estaria no chão sem apresentar resistência ou risco.

Até o momento do fechamento desta matéria, na tarde desta segunda-feira (11), a Polícia Militar não havia se pronunciado oficialmente a respeito da situação ou divulgado o Boletim de Ocorrência do caso para a imprensa.


 

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