15/12/2023 às 11h55min - Atualizada em 15/12/2023 às 11h55min

​Ex-aluna e ex-professora da UENP é finalista do Prêmio LED da Globo

Eva Francisco se formou na UENP em 2004 e foi professora colaboradora da Instituição entre 2007 e 2015

Assessoria
Eva Francisco se formou na UENP em 2004 e foi professora colaboradora da Instituição entre 2007 e 2015
A ex-aluna e ex-professora do curso de Letras da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus de Jacarezinho, Eva Cristina Francisco, é uma dos 15 finalistas do Prêmio LED 2024, promovido pela Globo e pela Fundação Roberto Marinho. Dos finalistas, seis serão contemplados com um prêmio de R$ 200 mil cada.

Os finalistas são estudantes, educadores ou empreendedores/organizações selecionados dentre mais de 2.000 inscritos. A semifinal reuniu 60 iniciativas inovadoras na área da educação, e os 15 finalistas já são Embaixadores LED. “Passamos por uma entrevista com o pessoal da Globo, da Fundação Roberto Marinho e do Movimento LED, que durou aproximadamente uma hora. Fui selecionada para a última fase, que, agora, é com o júri”, explica Eva.

Eva foi se formou na UENP em 2004 e foi professora colaboradora da Instituição entre 2007 e 2015 e, atualmente, integra o corpo docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Ela comenta que a iniciativa apresentada ao Prêmio LED é um desdobramento de um projeto já premiado anteriormente. “O nome do projeto é ‘Semiótica e Consciência Negra: propostas de ensino e desdobramentos’. É uma sistematização da semiótica articulada à formação docente e ao combate ao racismo. A partir deste projeto, houve desdobramentos. Consegui adaptar essa mesma temática para a Análise do Discurso, conseguimos desdobrar isso para o contexto dos Programas Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) e Residência Pedagógica, além da sala de aula”, destaca.

Segundo a professora, a iniciativa já havia resultados em projetos para o ensino e para a extensão sobre a educação antirracista. “A educação antirracista tem que ser iniciada do berço. Não adianta a gente tentar solucionar problemas que estão na sociedade adulta, temos que começar pelas nossas crianças, adolescentes e jovens. Dessa forma, esse movimento sendo iniciado lá na Educação Básica tem mais chance de ter sucesso, sistematizando o ensino para que isso seja trabalhado o tempo todo e não somente época da consciência negra, em novembro”, adverte.

“Como eu já tinha sido premiada pela Fundação Carlos Chagas, eu vi a importância desse trabalho e submeti também para a Globo com estes desdobramentos. Não conhecia este prêmio, fui adaptando meu trabalho por conta do interesse pelo tema e, quando eu soube dessa oportunidade, eu submeti. Estou muito feliz por estar dando certo, espero contribuir muito com a educação antirracista no país”, acrescenta.

Para Eva, o reconhecimento nacional do trabalho é de grande relevância. “Estou otimista com o resultado final. Independente de vencer ou não, o meu trabalho já está sendo reconhecido nacionalmente. Isso, para mim, é uma vitória muito grande. Com o prêmio, eu terei mais condições de continuar disseminando estes trabalhos, com maior impacto. Sei da importância da iniciativa e sei que é urgente o combate ao racismo estrutural a partir da educação infantil. Temos muitas mães e futuras mães nas licenciaturas que já terão condições de educar seus filhos com essas práticas antirracistas. Não educaremos apenas professores, mas gerações em vista de amenizar este problema até que consigamos vencê-lo”, conclui.

Como embaixadora, junto aos 15 finalistas, a professora Eva já ganhará visibilidade e terá acesso a uma jornada de desenvolvimento que inclui acesso a rede de relacionamento, mentorias, eventos e instituições de referência.

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