Divulgação O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, está utilizando as mais variadas estratégias para vencer o pleito. A equipe de campanha do ex-vice-presidente colocou algumas ferramentas relacionadas ao candidato dentro de um dos jogos mais populares atualmente, o
Animal Crossing. Com as funcionalidades que foram lançadas no início do mês de setembro, os usuários poderão colocar cartazes e placas em frente às suas casas virtuais em apoio a Biden.
No game, os jogadores devem criar uma ilha, e durante o processo pedem empréstimos para construir sua casa e aumentar seu patrimônio. Além disso, no tempo livre os avatares podem comprar roupas, pescar ou fazer projetos. Usuários podem interagir com amigos, e até mesmo visitar a ilha dos conhecidos. A progressão é lenta, então quem curte um jogo mais dinâmico e competitivo pode gostar de saber que
há páginas de bingo online com opções mais desafiadoras de entretenimento. Já para a campanha eleitoral, quatro placas foram lançadas para serem usadas pelos apoiadores de Biden: “Biden-Harris”, “Team Joe”, uma com as cores da campanha (vermelho, azul e branco), e outra com as cores da comunidade LGBT. Para habilitar as placas é necessário escanear um QR Code.
Sobre o game
Originalmente lançado em 2001 pela empresa japonesa Nintendo, Animal Crossing virou febre mundial recentemente com a versão “New Horizons”. Para se ter noção do impacto que o game causou, ele foi responsável por ajudar a Nintendo a duplicar as vendas do seu principal console,
o Switch, e quintuplicar seu lucro. Além do candidato à presidência americano, algumas empresas vêm vendo no Animal Crossing uma alternativa de publicidade. A Amaro, uma varejista de moda no Brasil, criou uma personagem para o jogo, a “Mara”.
Um dos funcionários da Nintendo, Aya Kyogoku, que trabalha no Animal Crossing desde 2003, falou ao jornal The Guardian, “o Animal Crossing é um jogo de comunicação”. E esse é o principal objetivo por trás da campanha de Biden, que busca se aproximar dos jogadores para cativá-los a não só ir até as urnas na eleição em 3 de novembro (já que votar não é obrigatório nos Estados Unidos), mas também a fazerem campanha e apoiar o democrata. Entre redes sociais, aplicativos e até mesmo jogos, os candidatos às eleições este ano ao redor do mundo estão precisando como nunca dos meios de comunicação online, principalmente por conta do isolamento social. Tudo isso fez com que eventos de massas e comícios fossem totalmente descartados.
No mês de agosto, ocorreu a convenção do Partido Democrata, sendo este o evento mais importante do ano eleitoral. Ela foi feita de maneira totalmente online pela primeira vez na história, contando com apenas alguns palestrantes no estúdio. Já a convenção do Partido Republicano, que ocorreu logo depois, contou com a presença de delegados e alguns outros membros importantes do partido fisicamente, mas, em sua maioria, foi assistida à distância, online ou pela TV.
Para Joe Biden, os eventos que contassem com grande apoio do público seriam essenciais esse ano para que ele conseguisse votos em estados decisivos na eleição norte-americana - conhecidos como estados-pêndulo, são eles Ohio e Flórida. Porém, o candidato tem evitado grandes eventos desde o início da crise sanitária global. Já o atual presidente americano,
Donald Trump, que é um crítico ferrenho das medidas de distanciamento social, participou de alguns eventos presenciais, porém, muito menos do que aconteceriam em circunstâncias normais de campanha.
A eleição presidencial nos Estados Unidos está acirrada como sempre, algumas pesquisas e a imprensa apontam Joe Biden como favorito, e sempre à frente. Mas o mesmo acontecia em 2016 e Trump ganhou aquelas eleições. Em desfavor do atual mandatário está a crise sanitária, que causou uma grande recessão econômica nos EUA, prejudicando grande parte do avanço econômico que conquistou durante seu mandato.
