23/10/2020 às 17h23min - Atualizada em 23/10/2020 às 17h23min

Ficafé promove conhecimento, inovação e leilões com grande retorno econômico

De forma online, mais de 1,3 mil pessoas participaram da feira que promoveu também leilões onde a saca chegou ao valor de R$ 1.601,00

Assessoria
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Realizada pela primeira vez, em 13 anos, no formato 100% digital, a Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Ficafé) terminou nesta quinta-feira (22). A programação, que contou com palestrantes de renome nacional e oficinas para coffee lovers, foi focada no incentivo à produção de alimentos diferenciados, que vão além do café. O evento foi transmitido por meio de uma plataforma digital e aplicativo.

No último dia de feira, foram divulgados os resultados do 8º Concurso Sabores do Norte Pioneiro do Paraná e do leilão dos lotes de cafés especiais. Neste ano, a competição recebeu 71 lotes, sendo 41 na categoria Cereja Descascado e 30 na categoria Natural. Os lotes foram classificados por pontuação e a nota de corte foi 84 pontos, segundo a metodologia SCAA de Avaliação Sensorial.

Cada categoria premiou cinco produtores. O café que levou o primeiro lugar na categoria Cereja Descascado foi o do produtor Pedro Luiz Costa, de Lavrinha, em Pinhalão. Os grãos atingiram uma pontuação de 86,63 e foram leiloados a R$ 1.120 a saca de 30 quilos. Já o vencedor na categoria Natural foi Tumoru Sera, de Congonhinhas, com 86,83 pontos. O lote foi leiloado a R$ 1.601 a saca de 30 quilos.

Entre os dez classificados na final do concurso nas duas categorias, cinco são mulheres, o que evidencia a participação cada vez mais consistente delas no cultivo de cafés especiais. O leilão contou com a participação de compradores nacionais e internacionais. Cerca de 80 cafeterias e torrefações se inscreveram para arrematar os lotes de cafés especiais oferecidos durante a feira.

Para o produtor e presidente da Cooperativa dos Produtores de Cafés Certificados e Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Cocenpp), Marcos Lavoratto Novak, o resultado do concurso foi muito positivo. “Foi um ano complicado, de bastante estiagem, mas com dedicação o pessoal conseguiu produzir excelentes cafés”, pondera. Na avaliação dele, a edição digital da feira foi bem-sucedida. “Alcançamos um bom público e trouxemos conteúdos de muita qualidade”, afirma.

Ao todo, foram promovidos 45 palestras, cursos e oficinas com conteúdos relacionados à produção de cafés especiais e com Indicação Geográfica (IG), até informações sobre fruticultura e avicultura, culturas apresentadas como possibilidades de diversificação. A 13ª edição da Ficafé recebeu cerca de 1,8 mil inscrições e 1,3 mil participantes. As palestras tiveram uma média de 150 acessos.

“Consideramos um percentual altíssimo em comparação com outros eventos nacionais, em que apenas 20% dos inscritos acessam os conteúdos”, comemora o consultor do Sebrae/PR, Odemir Capello. Para ele, esta edição da feira mostrou que o digital veio para ficar. Ele reforça que a proposta de trabalhar produtos diferenciados e diversificação no norte pioneiro está sendo atingida.

O leilão virtual atraiu muitos compradores e trouxe bons resultados para os cafeicultores da região, na avaliação do consultor. “Todo ano o concurso tem atraído novos produtores, o que mostra que estamos conseguindo levar a cultura de cafés de qualidade e diferenciados para a região. O trabalho de campo está dando resultado”, afirma.

A Ficafé é uma realização do Sebrae/PR, Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp) e Cooperativa dos Produtores de Cafés Certificados e Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Cocenpp), com apoio da Emater, Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Prefeitura de Jacarezinho, Senac/Fecomércio, Sistema FAEP, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato Rural Patronal, Museu do Café.
 

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