11/11/2020 às 18h18min - Atualizada em 11/11/2020 às 18h18min

​Secretaria de Cultura de Ribeirão Claro tem projeto de recuperação da ponte

Proposta já vinha sendo desenvolvida desde julho e agora será adaptada por causa do incêndio, que destruiu parte da estrutura

Vitor Ogawa - Grupo Folha
Divulgação
O incêndio supostamente criminoso que atingiu a Ponte Pênsil Alves Lima, entre as cidades de Ribeirão Claro (Norte Pioneiro) e Chavantes, em São Paulo, na madrugada do último domingo, ainda gera comoção nos dois municípios que têm a estrutura como um de seus bens mais valiosos. A análise preliminar é a de que as chamas teriam sido provocadas por um material combustível, de acordo com a perícia preliminar realizada no local pelo Instituto de Criminalística na segunda-feira (9). A Polícia Civil investiga o caso, que aconteceu na madrugada do dia 7.  A ponte de 164 metros sobre o Rio Paranapanema é tombada pelo Patrimônio Histórico do Paraná e de São Paulo. Cerca de 40 metros da estrutura de madeira ficaram completamente destruídos.

O chefe do Departamento de Cultura de Ribeirão Claro, Allan Mamed de Souza, informou que a pasta já vinha trabalhando em um projeto de recuperação da ponte desde julho deste ano. “Foi pedido um processo de manutenção das avarias da ponte pênsil e como é um bem tombado por dois Estados, a gente precisava consultar o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que nos encaminhou para o Patrimônio Histórico e Cultural do Estado", detalhou.

Segundo ele, o projeto, que agora será readaptado, entra agora em análise e estudos porque tem duas intenções. A de restaurar as avarias da ponte, tirar as pichações e realçar as cores naturais da ponte. O segundo ato é poder fazer intervenção e colocar iluminação no local. “ Vamos enviar para a secretaria de Obras, que vai concluir o projeto e depois disso enviaremos para a secretaria de Estado de Administração e Previdência . Vamos esperar passar o período eleitoral para trabalhar com a Prefeitura de Chavantes que vai enviar o projeto ao Condefat, que cuida do patrimônio histórico de São Paulo”, explicou. “Com certeza vamos trabalhar pela sua recuperação, porque é um patrimônio histórico e não pode ser vandalizado”, reforçou o prefeito de Ribeirão Claro, Mario Augusto Pereira (PSC).  

O Patrimônio Cultural do Governo do Estado informa que está organizando uma primeira vistoria presencial de engenheiros com a finalidade de avaliar os danos do recente incêndio. Esta é a quarta vez que a ponte - inaugurada nos anos 1920 como corredor para o escoamento da safra de Café do Paraná para o Porto de Santos - é destruída. 

SUSPEITO

Nas redes sociais chegou a ser divulgada a prisão de um suspeito de ter ateado fogo na estrutura, mas a reportagem entrou em contato com as delegacias de Ourinhos, Chavantes e Santa Cruz do Rio Pardo e nenhuma delas confirmou a informação. A delegada de Ribeirão Claro não pôde atender a reportagem porque estava em diligência.

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