09/12/2020 às 15h14min - Atualizada em 09/12/2020 às 15h14min

​Asilo de Ribeirão Claro enfrenta surto de Covid-19

Direção garante que todos protocolos foram cumpridos, porém não evitaram chegada do vírus; há um óbito entre internos

Tribuna do Vale
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O asilo São Vicente de Paulo, em Ribeirão Claro, sofre com um surto de Covid-19 entre internos e funcionários. Estima-se que ao menos 20 pessoas tenham sido infectadas, mesmo com o cumprimento de inúmeros protocolos sanitários adotados pela entidade desde o começo da pandemia.

O surto de Covid-19 já causou uma morte, em uma interna de 82 anos que tinha histórico de comorbidades. Há ainda outras duas moradoras do asilo internadas, uma no Hospital Regional do Norte Pioneiro, em Santo Antônio da Platina, e outra na Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Claro. Ambas apresentam um quadro clínico estável.

De acordo com o presidente da instituição, Francisco Antônio Fonteque, o asilo tem adotado inúmeras medidas sanitárias e até a última semana não havia casos entre internos. O problema, contudo, começou quando a mãe de dois funcionários foi infectada, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Os dois funcionários então foram infectados, porém ficaram assintomáticos, e a partir daí o vírus acabou se alastrando pelo ambiente. “Infelizmente tivemos a infecção da mãe de dois funcionários, que são pessoas de extrema confiança e muito responsáveis, mas como ficaram assintomáticos, acabou acontecendo o problema”, pontua Fonteque.

“Desde o começo da pandemia fizemos de tudo para evitar que isso acontecesse. Criamos uma área de isolamento, então qualquer interno que tinha algum sintoma já ficava no isolamento. Quem por algum motivo precisava ir para Santa Casa, quando voltava também ficava no isolamento. Tivemos todos os cuidados que eram possíveis, mas o vírus realmente é de um contágio muito fácil”, continua o presidente do asilo.

O problema veio à tona na semana passada. Desde então o asilo criou mais duas áreas de isolamento e realizou testes, tanto pelo SUS quanto particulares (que ainda estão em análise, daí a falta do dado exato do número de positivos), em todos os internos e funcionários. Existe ainda um criterioso trabalho de monitoramento e alimentação para todos.

“Infelizmente tivemos um óbito e temos mais duas idosas que estão internadas. Até a última atualização o quadro clínico é estável. Agora estamos mais uma vez seguindo todas as orientações para tentar evitar novos contágios”, afirma Fonteque.

A situação criou ainda um segundo problema: a falta de efetivo, já que boa parte dos funcionários estão em isolamento domiciliar e as internações em hospitais, por exemplo, precisam de acompanhantes. Além disso, há dificuldade na contratação temporária de novos profissionais justamente pelo surto da doença.

Atualmente o asilo tem 29 internos e cerca de 20 funcionários. Apesar da dificuldade, Fonteque projeta que a situação seja amenizada na próxima semana. “Hoje temos um quadro complicado pelos funcionários isolados, mas já na próxima semana vai terminar os primeiros 14 dias de isolamento e tenho certeza que com todos os cuidados e com todo apoio da comunidade que temos as coisas vão melhorar”.

Vale lembrar ainda que assim que surgiu a pandemia o asilo não aceitou mais novos internos, também como medida de prevenção à Covid-19.

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