11/12/2020 às 14h17min - Atualizada em 11/12/2020 às 14h17min

​Vereador de Carlópolis já denunciado por concussão no âmbito da Operação Mustela do MPPR é preso por reiteração da prática criminosa

Assessoria
Imagem de 4711018 por Pixabay
Um vereador de Carlópolis, município do Norte Pioneiro do estado, foi preso nesta quinta-feira, 10 de dezembro, por reiteração da prática de concussão. O parlamentar já havia sido denunciado por duas vezes pelo delito na Operação Mustela do Ministério Público Paraná, que revelou um grande esquema de corrupção no Sistema Único de Saúde (SUS). Mais recentemente, no âmbito da Operação Metamorfose, que também apura esquema de fraude contra o SUS e é conduzida pela Polícia Civil do Paraná, a partir do compartilhamento de informações com o MPPR, verificou-se que o vereador continuou praticando crimes contra a Administração Pública, o que motivou a sua prisão.

O mandado de prisão foi expedido na última segunda-feira, 7 de dezembro, pela Vara Criminal de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A decisão atende pedido formulado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca, que conduz parte das investigações relacionadas à Operação Mustela.

Em sua decisão, o juiz considerou que a reiteração dos crimes mostrou que “a determinação de cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão (...) não se mostrou suficiente para cessar o comportamento criminoso, demonstrando que qualquer outra medida cautelar, por si só, não será eficaz diante do menosprezo por parte do representado quanto à determinação judicial, voltando a praticar crimes de concussão, com vista à obtenção de vantagem econômica indevida, em prejuízo à Administração Pública”.

Operação Mustela – Em 2017, o MPPR começou a apurar denúncias de esquema de corrupção para furar a fila do Sistema Único de Saúde. Dentro dessa investigação, e partir de depoimentos de vítimas e informações obtidas por meio de quebras de sigilos telefônicos, em dezembro de 2018, foi deflagrada pela 1ª Promotoria de Justiça de Campo Largo, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Mustela, com o cumprimento de mandados de buscas e apreensão e de prisão temporária contra alguns envolvidos. A partir disso, foi revelado um grande esquema de corrupção contra o SUS, envolvendo pagamentos indevidos exigidos por médicos, com participação direta de agentes políticos e servidores públicos, entre outros, para “furar” a fila de atendimentos.

Operação Metamorfose – Na sequência, após autorização judicial, os dados da Operação Mustela foram compartilhados com a Polícia Civil para subsidiar as investigações conduzidas na Operação Metamorfose, que também apura fraudes contra o SUS, com foco mais voltado a procedimentos relativos a cirurgias bariátricas..

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