15/03/2021 às 10h56min - Atualizada em 15/03/2021 às 10h56min

2ª mais caro do Brasil, pedágio de Jacarezinho poderá custar R$ 8 com novo modelo de concessão que está em discussão

A promessa é reduzir as tarifas em 67% para carros de passeio e 63% para veículos comerciais

Jivago França - PortalJNN*
Arquivo PortalJNN
O novo modelo de concessão das rodovias do Paraná tem um projeto que vai injetar mais de R$ 40 bilhões, abranger 3.327 quilômetros de pistas federais e estaduais, e ainda prevê pedágios com valores até 67% menores do que os atuais, como é o caso de Jacarezinho que a redução poderá ficar na casa dos R$ 8.

Os dois pedágios mais caros do Brasil porporcionalmente, Jataizinho e Jacarezinho - sob concessão da Triunfo/Econorte - que atualmente custam R$ 26,40 e R$ 24,40, no cenário mais positivo, poderão ter redução para R$ 8,71 e R$ 8,05, respectivamente. A promessa é reduzir as tarifas em 67% para carros de passeio e 63% para veículos comerciais, mas o leilão deve ser feito por modelo híbrido, que ainda gera dúvidas.

Neste formato, o edital define o valor máximo da tarifa de pedágio. Ganha a concessão a empresa que oferecer o maior desconto ao motorista dentro de um limite máximo e, caso haja empate, leva o leilão quem pagar mais ao governo, a chamada outorga.

Desta forma, se houver outorga, metade dos recursos fica com a União, e a outra metade deve virar investimentos no projeto. Outro ponto em debate na proposta é o chamado degrau tarifário, que permite à empresa aumentar o valor do pedágio em até 40%, assim que duplicar um trecho de rodovia.

Há também descontos para quem usa o serviço de cobrança automática por “tag”, de 5%, e para quem utiliza o mesmo trecho diariamente, que recebe o Desconto de Usuário Frequente (DUF), uma redução progressiva no valor pago ao longo de 30 dias.

O que propõe o projeto

  • Duplicação de 1.783 quilômetros de rodovias
  • Implementação de 253 quilômetros de faixas adicionais
  • 104 quilômetros de terceira faixa
  • Construção de dez contornos urbanos
Os contornos estão localizados nas cidades de Apucarana, Arapongas, Califórnia, Itaúna do Sul, Londrina, Maringá, Marmeleiro e Ponta Grossa. A maioria das obras, de acordo com a EPL, deverá ser entregue até o sétimo ano dos contratos, que terão duração de 30 anos.

Veja, abaixo, a distribuição das rodovias e trechos em cada lote do projeto:
  • Lote 1: trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427, com extensão total de 473,01 km;
  • Lote 2: trechos das rodovias BR-153, BR-277, BR-369, BR-373, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-508 e PR-855, com extensão total de 575,53 km;
  • Lote 3: trechos das rodovias BR-369, BR-376, PR-090, PR-170, PR-323 e PR-445, com extensão total de 561,97 km;
  • Lote 4: trechos das rodovias BR-272, BR-369, BR-376, PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986, com extensão total de 627,98 km;
  • Lote 5: trechos das rodovias BR-158, BR-163, BR-369, BR-467 e PR-317, com extensão total de 429,85 km;
  • Lote 6: trechos das rodovias BR-163, BR-277, R-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, com extensão total de 659,33 km.

O que é necessário

Para a execução de todas as melhorias e inovações previstas serão necessárias 42 praças de pedágio, sendo que 27 já se encontram em atividade.

O projeto da EPL estima uma redução de valores atuais dos pedágios que varia de 25% a 67% para veículos de passeio e 15% a 63% para veículos comerciais.

*Com informações de G1, A Rede e Diário Carioca

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