01/06/2020 às 10h22min - Atualizada em 01/06/2020 às 10h22min

​Coronavírus: como foram controladas as pandemias de Sars e Mers (e no que elas se diferenciam da atual)

Também originária da China, em novembro de 2002, a Sars, causada pelo vírus SARS-CoV, se espalhou para 26 países, com 8.098 casos confirmados e 774 mortes

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Antes que o SARS-CoV-2 causasse a atual pandemia de covid-19, outros dois coronavírus que circulavam em animais passaram a infectar humanos e se espalharam rapidamente, anunciando o perigo dessa família de vírus.

Mas as epidemias de síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês) e síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers) se comportaram de maneira radicalmente diferente.

Também originária da China, em novembro de 2002, a Sars, causada pelo vírus SARS-CoV, se espalhou para 26 países, com 8.098 casos confirmados e 774 mortes.

Mas, como observa a professora Annelies Wilder-Smith, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, “em julho de 2003, após oito meses, ela já havia sido controlada”.

O primeiro surto de Mers foi registrado na Arábia Saudita em abril de 2012. Diferentemente do SARS-CoV, o MERS-CoV ainda não foi erradicado, passados mais de oito anos. Mas o número de casos confirmados gira em torno de 2,5 mil em 27 países.

Além disso, de acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), as mortes por Mers somam apenas 858.

Esses números estão muito longe dos quase 5,5 milhões de casos confirmados em 188 países e das 350 mil mortes da covid-19, a doença causada peo novo coronavírus, registradas em um período de pouco mais de cinco meses.

Mas qual é a razão dessa diferença tão dramática? E como as epidemias de Sars e Mers foram controladas?

Mesmas armas, resultados diferentes

Os coronavírus foram identificados pela primeira vez em meados dos anos 1960. Conhecemos sete tipos que infectam humanos, e entre eles há três que sabemos ser capazes de causar epidemias, os de Sars, Mers e covid-19.

Wilder-Smith explica em um artigo recente na publicação científica The Lancet que o vírus da Sars foi derrotado com as mesmas medidas agora empregadas para tentar retardar o avanço da covid-19.

“A Sars foi finalmente contida por meio de vigilância, isolamento imediato de pacientes, aplicação rígida de quarentena a todos os contatos e, em algumas áreas, aplicação rígida de quarentenas comunitárias”, diz ela no texto.

“E a Sars não foi apenas contida, foi erradicada”, afirma a especialista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

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