29/07/2021 às 13h39min - Atualizada em 29/07/2021 às 13h39min

​Professora da UENP é premiada em Programa de Apoio à Propriedade Intelectual

A professora Mayra conquistou o terceiro lugar entre os cinco finalistas, com o Bio-HiJAck

Assessoria UENP
Assessoria UENP
A professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Mayra Gallo, docente do curso de Ciências Biológicas e do Mestrado em Agronomia, recebeu prêmio no Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). O Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, realizou na segunda-feira, 26 de julho, a cerimônia de encerramento do programa, edição 2021. Durante o evento, transmitido ao vivo no Youtube, os finalistas realizaram a última rodada de apresentação.

O Prime tem foco na transformação do resultado de pesquisas acadêmicas em produtos com potencial de mercado, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. A professora Mayra conquistou o terceiro lugar entre os cinco finalistas, com o Bio-HiJAck, fungicida biológico para combater a ferrugem-asiática, conhecida como doença da soja.

“O Bio-HiJAck depende de um processo de fermentação líquida para produção de uma calda que deve ser pulverizada no campo. Uma vez em contato com o fungo causador da ferrugem asiática da soja o nosso microbiológico vai parasitar as lesões de ferrugem impedindo a sua multiplicação e, consequentemente, reduzindo a severidade da ferrugem no campo”, explicou Mayra.

A reitora da UENP e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Fátima Aparecida da Cruz Padoan, ressaltou a importância da iniciativa. “O Prime ajuda a demonstrar como nossas universidades são essenciais no desenvolvimento econômico e social do Estado. Essa aproximação das instituições públicas com as empresas privadas é de grande valia para toda a população”, afirmou.

Fátima parabenizou a todos os finalistas, em especial a professora Mayra. “Tenho que mencionar aqui a nossa professora e amiga Mayra. É um orgulho para nós ter o seu trabalho reconhecido, nós sabemos da sua competência. Em seu nome, estendo os meus cumprimentos a todos os finalistas”, acrescentou.

Os vencedores foram contemplados com um programa de pré-aceleração de startups, ofertado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR). Também receberão uma bolsa-auxílio e capacitação avançada em desenvolvimento de negócios.

A iniciativa é do Governo do Estado, desenvolvida em parceria entre a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Superintendência de Inovação, Fundação Araucária e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR).

Assista a cerimônia de encerramento do PRIME, edição 2021 – AQUI

FINALISTAS
O primeiro lugar foi conquistado pelo professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que desenvolveu uma cerveja artesanal, enriquecida com bioativos para diabéticos, a partir da utilização de alecrim do campo. Na segunda colocação, o professor Admilton Oliveira Deméter, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), dará continuidade ao desenvolvimento de um agente biológico para o controle de doenças de plantas; em terceiro, professora Mayra Gallo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com o Bio-HiJAck, fungicida biológico para combater a ferrugem-asiática, doença da soja.

Completam o pódio, em quarto lugar, o professor Afonso Gonçalves Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com um filtro sustentável para descontaminação de águas e solos com base de tabaco; e, em quinto, a estudante de mestrado Camila Rick, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com Daoxi, dispositivo para o controle automatizado da oxigenoterapia (utilização de oxigénio para tratamentos médicos).

Além dos cinco finalistas, também foi concedida menção honrosa para o professor Fernando Lermen, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), com o projeto Starch Up, um tipo de biofilme para aumentar a vida útil de frutas.

PRIME
O Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) tem como foco transformar pesquisas acadêmicas em produtos com potencial de mercado, e assim contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. O principal objetivo é apoiar titulares de patentes para transformarem as invenções em produtos comerciais, incentivando a abertura de startups e o licenciamento e transferência de tecnologia.

Ao longo do programa, lançado em dezembro de 2020, os participantes foram submetidos a várias rodadas de pitch, uma técnica utilizada para apresentação de negócios inovadores. Além disso, receberam mentorias especializadas para estruturar os modelos de negócios e compreender como a comercialização dos respectivos produtos e serviços poderá transformar a realidade dos públicos de interesse.
Na primeira edição, o Prime contabilizou 12 horas de capacitação, 76 horas de consultorias individuais, seis horas de mentorias coletivas e cinco rodadas de pitch com cada participante.

Segundo o coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Aurélio Pelegrina, o Prime foi idealizado para impulsionar o Paraná como um Estado estratégico na indução e promoção de conhecimento e inovação. “Entre os resultados esperados, pretende-se intensificar a pesquisa científica e tecnológica em áreas estratégicas, contribuindo para o desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.

Ele destacou o papel das instituições estaduais de ensino superior no incentivo à cultura empreendedora, a partir de ações desenvolvidas nos núcleos de inovação e tecnologia, os chamados NITs. “Identificamos oportunidades no ambiente universitário e estimulamos a inovação, como um nicho de mercado, por meio da pesquisa aplicada, amparada pela proteção intelectual”, explicou o coordenador.

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