28/06/2020 às 10h47min - Atualizada em 28/06/2020 às 10h47min

​Reposição do efetivo de segurança na região pode chegar apenas em 2022

Suspensão dos concursos para Polícia Civil, Polícia Militar e Bombeiros deixa sem previsão a reposição dos defasados efetivos no Norte Pioneiro

Tribuna do Vale
Divulgação
A reposição do efetivo dos órgãos de segurança da região pode acontecer apenas em 2022, devido ao adiamento das provas dos concursos que previam a contratação de milhares de agentes para Polícia Civil, Polícia Militar e Bombeiros. A mudança no calendário acontece em virtude da pandemia de Covid-19 e por enquanto não há novas datas para as provas e a sequencia dos processos.

A reposição do efetivo é há bastante tempo aguardada pela população do Norte Pioneiro assim como pelos agentes dessas corporações, que por vezes precisam se desdobrar para suprir o déficit no contingente.

Apesar de haver um reconhecimento sobre o trabalho prestado pelas polícias Civil e Militar e pelos Bombeiros na região, o reforço nos efetivos garantiria não só mais agilidade nos trabalhos como também condições mais humanizadas de serviço para os agentes.

Sem a previsão da nova data dos concursos e levando em consideração todo o tempo que o processo leva entre todas as provas e a escola preparatória (que costuma levar meses para a conclusão), é possível imaginar que muitos dos novos contratados vão para as ruas apenas em 2022. A Polícia Militar tem prevista a contratação de 2 mil soldados para a corporação e mais 400 bombeiros militares. Já a Polícia Civil irá contratar 400 agentes, sendo 50 delegados.

E na região a situação envolvendo a falta de delegados seja, talvez, a mais emblemática, já que três municípios (Joaquim Távora, Carlópolis e Tomazina) têm as delegacias chefiadas por delegados de cidades vizinhas, que acumulam funções. Os antigos titulares se aposentaram ou foram transferidos e não houve reposição. Em Santo Antônio da Platina o relato é que o número de agentes da Polícia Civil é muito inferior ao ideal, levando em consideração o fluxo de crimes e inquéritos que passam pela delegacia local.

Na região a Polícia Civil opera com aproximadamente 54% do efetivo que seria considerado ideal. Apesar das dificuldades, o delegado-chefe da 12ª Subdivisão de Jacarezinho, afirma que não há prejuízo à população. “A suspensão dos concursos retarda a reposição do efetivo, mas o trabalho segue normalmente. Foi uma situação em que praticamente todo o mundo teve atividades paralisadas, infelizmente. Agora, com mais efetivo vamos ter um trabalho ainda mais amplo. Sobre os delegados, não é que existem municípios sem, o que existe é alguns delegados acumulando chefia em duas cidades, mas os trabalhos dessas delegacias seguem normalmente”, garante.

Já a Polícia Militar tem em muitos municípios efetivos reduzidos, que chegam a contar com apenas dois policiais para cobrir todo o trabalho. Para piorar, em Jundiaí do Sul a situação é ainda pior e por vezes o batalhão da PM fica fechado mesmo durante o dia por falta de efetivo.

Com relação aos Bombeiros, deveria ter acontecido uma mudança de patamar com a elevação da seção de Posto Avançado para Subgrupamento Independente, ocorrida há mais de um ano e que tinha como objetivo trazer à região mais infraestrutura para a corporação, desde um efetivo maior até equipamentos e estrutura física.

Na prática, porém, não se viu maiores transformações. Embora tenha recebido a transferência de cinco militares para a região, dois já lotados no Norte Pioneiro se aposentaram, o que deixa o efetivo basicamente o mesmo. Já a construção do quartel, prevista para ter início em 2019, segue sem sair do papel.

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