01/07/2021 às 12h57min - Atualizada em 01/07/2021 às 12h54min

Professores na pandemia: trabalharam o triplo e reinventaram-se nas ações pedagógicas

Fábio Antonio Gabriel

Fábio Antonio Gabriel

Doutor e mestre em Educação pela UEPG. Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia pela PUCPR.

https://blog.ssportugal.com/
         Sou suspeito para falar sobre professores por ser um deles, mas, como tenho visto muitas veiculações indevidas a respeito dos professores, neste artigo gostaria de testemunhar o que pude perceber com os mais variados colegas de profissão durante a pandemia. A educação remota não é o melhor meio de educação. A educação presencial é importante, principalmente na educação básica. Todavia, diante da pandemia, os professores que conheço se reinventaram. Alguns que não possuíam tanto conhecimento das ferramentas tecnológicas tiveram de reinventar-se e atualizar novas práticas para a sua existência.
            Muitas críticas aos professores devem ser creditadas à ausência de contato dos órgãos administrativos diretamente com os professores envolvidos nessa árdua luta. Podem até existir maus profissionais como em toda profissão, mas a grande maioria dedicou-se com afinco no sentido de possibilitar aos estudantes a melhor qualidade de ensino possível durante a pandemia. Nessa perspectiva, não faz sentido dizer que professores não trabalharam durante a pandemia. O trabalho, na verdade, triplicou. Atender aos alunos nas meets, preparar atividades para os alunos em ambiente remoto, preparar atividades impressas (para aqueles alunos que não têm acesso ao ambiente remoto), tudo demandou tempo e muito estudo e muita dedicação. Longas horas de pesquisa. Se há uma classe que continuamente sente-se desafiada a estar se atualizando são os professores que, no cotidiano, são responsáveis por formar não apenas intelectual, mas humanamente também as futuras gerações.
             Ao falar em equivalência em anos de estudo, são os profissionais menos valorizados em todos os sentidos, e, em se tratando de remuneração, com toda a certeza, são os mais aviltados. Família e escola são duas instituições basilares para a formação das futuras gerações; assim sendo, precisamos reverter a histórica desvalorização dos professores na sociedade. Desvalorizar os professores é uma inversão de valores. Precisamos cada vez mais incutir nas futuras gerações a importância da educação, cuja base é a família, continuada pela escola que contribui não apenas para o desenvolvimento intelectual, mas para a formação para a cidadania.

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