25/12/2023 às 15h12min - Atualizada em 25/12/2023 às 15h12min

Cartões de Natal...

Vicente Estanislau Ribeiro

Vicente Estanislau Ribeiro

Licenciado em História e Bacharel em Direito

Final de Ano...
Como de costume, agora com mais frequência por ser término de ano, verifico a caixinha dos Correios e nada do que espero, a não ser os costumeiros e entediantes boletos mensais, além das contas de água, luz e internet.
A nostalgia me pegou, tive recaída dos velhos tempos, onde recebia os tradicionais cartões de natal de amigos de perto, de longe, de parentes e até desconhecidos, mas os recebia.
Além de empresas, onde nunca comprei, também vinham.
Um hábito meu que sempre gostei e utilizei, mandar cartões de natal, de ano novo e também recebê-los. 
Mas o mundo mudou e com ele a sua gente, e aquele que não acompanhar a mudança, vai ficando ultrapassado, assim se pode dizer.
Como dizia um estimado amigo de saudosa memória, quando a gente nos encontros de bate papos, e no meio da conversa, começa a se referir “no meu tempo”, é porque estamos ficando vetustos.
Pois é, eu sou tempo, que no mês de dezembro, íamos na Gráfica e Papelaria São José, Papelaria Estrela e na Brum Cultural, comprar e ver as novidades, as riquezas dos detalhes dos encantados e cobiçados “cartões de natal”.
Em nossa cidade tinha a artista Yara San que fez inúmeros cartões artesanais, sem repeti-los, que fizeram muito sucesso.
Ainda tinha os cartões de exclusividade advindos de artistas que pintavam com a Boca e os Pés, de São Paulo, que poderia ser solicitado e recebido na sua residência.
Fora os cartões da UNICEF para ajudar a Infância e Juventude.
Enfim... Era um clima todo diferente, um glamour e um ritual todo especial, tanto na escrita a punho, o próprio envelope, como também dos dizeres nos cartões a quem iria receber.
Era um envio e uma troca, uma interação e uma energia toda voltada para a atmosfera natalina, o nascimento do “Menino Jesus”, sendo o maior acontecimento da história humana e a perfeição máxima do amor, na sua essência pura. 
É arriscado perguntar para a geração atual, sobre os cartões de natal por onde andam, e termos uma enorme surpresa como resposta: “É um novo cartão do governo?
Ou até alguém afirmar, é um novo cartão de crédito de algum banco para gastos do natal?
Uma pena, esse cartão tão usado no passado como mensagem que simbolizava a luz, o amor, a paz, a confraternização entre as pessoas, os povos e os cristãos tenha sido abolido.
Hoje, quase tudo ou mesmo tudo, é virtual, nada físico.
Não há emoções e sim conexões.
Acho que estou ficando da turma do passado, onde o encanto em tantas coisas era muito mais prazeroso e melhor.
Porém, reconheço que os tempos são outros, e que os costumes e a tecnologia vão compulsoriamente ditando as novas regras de modismos e tendências de mercado.
Assim sendo, deixo o meu recaimento de lado, e retorno à realidade, usando a tecnologia virtual; desejando a todos os amigos, familiares e simpatizantes: “Um Feliz Natal e Um Próspero Ano Novo” (2024) cheio de realizações e sucesso!!!
XXIV-XII-MMXIII
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