22/11/2020 às 14h18min - Atualizada em 22/11/2020 às 14h16min

RACISMO ESTRUTURAL – UM DESAFIO A SER SUPERADO

Fábio Antonio Gabriel

Fábio Antonio Gabriel

Doutor e mestre em Educação pela UEPG. Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia pela PUCPR.

Prof. Dr. Fábio Antonio Gabriel
        O racismo estrutural se evidencia como manifestação cruel de preconceito que, ao longo do tempo, não logrou perder as características arraigadas na época da escravidão,  perpetuando a cultura de superioridade racial que o homem branco arroga para si e que se impõe como um gigantesco desafio a ser superado. Pesquisas divulgadas pelas mídias apontam para esse mal que se perpetua na cultura brasileira.
        Não nascemos preconceituosos. Preconceito jamais se classificaria como instinto; é conhecimento adquirido por educação distorcida, na qual se ignora que cor da pele não se embasa na presunção daqueles que arvoram o estandarte da superioridade racial, supondo que os homens brancos são superiores em sua verticalidade; característica comum, basta  atentar para o gênero humano a que todos pertencemos sem distinção, reconhecer a nivelação que a todos atinge destrói qualquer argumento de superioridade de uma parte em detrimento da maioria. Quem de nós se classificaria como não pertencente à espécie humana?
        Assim somos convidados a educar as novas gerações para o exercício da superação dos preconceitos, sobretudo os raciais. Negar que o racismo estrutural existe no Brasil parece-nos hipocrisia, uma forma de fortificar ainda mais tal prática odiosa e latente.  Assim, destacar os valores da comunidade negra, focando estratégias e práticas que promovam a real construção da identidade das pessoas negras no Brasil parece-nos tarefa inadiável que todos os que se dedicam ao magistério devem encarar com seriedade.
       E se toda manifestação estruturalmente edificada aprofunda as raízes nos  hábitos de cada um,  cabe-nos empenho na desconstrução do preconceito ainda mal estruturado nos hábitos das novas gerações para, pouco a pouco, lograr rever tais parâmetros centenariamente arraigados e transmitidos, e, quem sabe, ao longo das gerações,  reconhecerem-se, todos, seres mais humanos, negros e brancos, dispondo  igualmente, de mais harmônicas oportunidades de acesso social e econômico, repita-se, a todos, sem distinção.  
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