15/06/2023 às 13h04min - Atualizada em 15/06/2023 às 13h03min

​Reciclar é preciso...

Vicente Estanislau Ribeiro

Vicente Estanislau Ribeiro

Licenciado em História e Bacharel em Direito

Vicente Estanislau Ribeiro
Em vidas passadas, creio eu, que jamais fui rei, imperador, príncipe ou coisas do gênero. Nunca pertenci à casta de cima, sempre à de baixo.
Acho que era um reciclador de materiais, um ser já preocupado com o descarte do lixo que não é lixo.
Pois, já é de muito tempo um hábito meu, coletar, separar e aproveitar quase tudo, dando uma destinação mais adequada, desde a borra do café da manhã, lançada nas plantas, até os cacos de vidros jogados numa caçamba qualquer de entulhos, nunca no lixo.
O dia de quinta-feira passa em meu bairro o caminhão da reciclagem; o pessoal já sabe que na frente de casa, tem papelão, garrafas pet, latinhas de cerveja, plástico e outros assemelhados.
Mas, tenho observado uma coisa, muitos moradores não têm a paciência sequer em separar, juntar e guardar pelo menos uma semana os materiais tidos como recicláveis.
O que acontece então, vai tudo misturado no caminhão, o lixo orgânico (resíduos vegetais e animais) e o inorgânico (material que não tem origem biológica).
Uma pena, ambos misturados vão para o aterro sanitário e atualmente está proibido, por lei, ter pessoas manuseando o lixão. Num passado recente até podia, hoje não mais.
Há pessoas que, diariamente, até separam em sacolas, o que é lixo do não lixo e colocam tudo nas lixeiras; porém, o caminhão do lixo passa quase todos os dias e o da reciclagem não, é semanal, tem dia predeterminado. 
E, às vezes, o gari só apanha a sacola do lixo e não leva a do reciclável. Aí, tem morador que liga para o setor da Prefeitura, reclamando que o pessoal não está pegando o lixo. 
Na verdade, está sim, o morador que não está colaborando, não tendo o hábito, compreensão e a paciência de, uma vez por semana, deixar para o pessoal do caminhão verde, da sustentabilidade levar.
A reciclagem deveria ser um ato rotineiro, assim como comer, escovar os dentes e tomar banho. Pois ela é essencial em nossas vidas!
Fazendo o certo, todos ganham, principalmente o meio ambiente, e as famílias que vivem e dependem disso para o seu sustento, obtendo uma renda digna e honrosa.
Às vezes, andando pela calçada, encontro diariamente tampinhas de garrafas pet jogadas pelo chão, e olha, não são poucas. Não me envergonho em catar, independente da hora ou lugar.
Assim vou guardando tampinhas, lacres de latinhas de cerveja e cartelas de comprimidos já utilizados, que amigos guardam e me mandam.
Após uma boa quantidade armazenada envio à Caritas, ali na esquina da Avenida Getúlio Vargas, onde é o Museu da Diocese.
Com isso, eles vendem e transformam esses materiais em múltiplos benefícios à nossa comunidade, para famílias carentes e instituições: Santa Casa, Asilo, Casa de Apoio Estrela Guia e tantos mais. 
Cada um de nós, se fizesse um pouquinho da parte que lhe cabe, com certeza, a cidade estaria mais limpa, o meio ambiente mais saudável e o pessoal que vive disso, muito mais feliz e agradecido.
Como bem expressou o empreendedor e engenheiro mecânico estadunidense Henry Ford, “Quando todos avançam juntos, o sucesso ocorre por si só”.
(XIV-VI-MMXXIII)
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