A BUSCA PELA PAZ É PRIORIDADE MUNDIAL

Não se trata de utopia, mas de emergência mundial que se pense na importância da busca pela paz mundial. Nas mais diversas esferas sentem-se as tristes consequências das guerras que assolam o mundo. É preciso que governantes respeitem vidas humanas, abram-se a negociações diplomáticas, evitando armas. É inconcebível que o mesmo homem que cria ferramentas, como a inteligência artificial, continuamente ceifa vidas em conflitos tão desumanos: progresso científico admirável, por um lado, conflagrações mortíferas por outro. Precisamos humanizar as relações mundiais, banir as contendas provocadas pela intolerância que tira a vida de milhares de civis. Não menos importante é que países respeitem os territórios e a soberania de outros países.
            Precisamos de menos armas e mais solidariedade, fraternidade. Imaginemos: se o dinheiro gasto com guerras fosse usado para o bem comum, para a extirpação da fome do mundo, para projetos educacionais para crianças mais carentes. É preciso superar este momento por que a humanidade transita para caminharmos para um processo de pacificação e de respeito recíproco.
            Guerras geram retrocessos jamais vistos em outras circunstâncias e, além disso, são muitas vidas humanas ceifadas abruptamente. É preciso não aceitar passivamente a naturalização da cultura de morte. Precisamos lutar para que o progresso científico seja utilizado em prol da realização da dignidade da pessoa humana e não para tirar vidas e gerar tragédias.
            Em nível interpessoal, precisamos também pacificar nossos corações e construir um coração pacífico e lutador pelas relações de justiça, igualdade entre as pessoas, respeitando valores dos outros, sem perder as nossas convicções. O mundo precisa cada vez mais de respeitar os direitos humanos, principalmente dos mais indefesos, como crianças, idosos e miseráveis.
            O mundo precisa estabelecer um pacto pela paz e pelo desarmamento maciço. Somos seres racionais, precisamos de bom senso, espírito de justiça para nos relacionarmos adequadamente uns com os outros, visando a uma prática de respeito aos outros, sempre objetivando a promoção da dignidade humana.
            “Para manter uma lamparina acesa, precisamos continuamente colocar óleo nela” – diz-nos Madre Teresa de Calcutá. Nesse contexto, é importante que lutemos para que as situações de respeito à dignidade humana sejam conquistadas e colocarmos óleo na busca pelo espírito da paz. Em um clima de ano novo, somos convidados a também perdoar aqueles que nos magoaram, cultivando um espírito de paz. Perdoar não é esquecer, mas é não ficar remoendo as tristezas que ocorrem no nosso dia a dia.
 
             “Mais do que máquinas. precisamos de humanidade; mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.  Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.” – Charles Chaplin nos afirma que precisamos, sim, de inteligência, progresso científico, mas também precisamos de humanização. A humanização é algo fundamental para que a sociedade possa pensar em perspectivas das relações humanas menos permeadas pelo conflito.
            Nós, habitantes do planeta Terra, neste 2024, somos convidados a pensar na importância de lutarmos pela paz, buscando superar conflitos, precisamos manifestar o nosso descontentamento com tantos líderes mundiais que promovem guerras a todo custo, inviabilizando a promoção da dignidade humana. Que no ambiente em que estamos sejamos promotores da paz, da concórdia e da busca pelo respeito à dignidade aos direitos humanos.
            Paulo Freire chamou atenção em sua obra “Pedagogia do oprimido” para a importância de que busquemos, de diversos meios e modos, promover uma educação para que as pessoas se humanizem e não tratar o outro como subalterno. Que possamos construir uma nova sociedade inspirada na utopia de que se concretize parcialmente em uma sociedade pacífica e humanizada.