27/09/2023 às 10h37min - Atualizada em 27/09/2023 às 10h31min

​TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO:

importância de se não esquecer sobre a importância da humanização

Fábio Antonio Gabriel

Fábio Antonio Gabriel

Doutor e mestre em Educação pela UEPG. Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia pela PUCPR.

Fábio Antônio GAbriel
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          Pensar as tecnologias na educação é muito importante no cenário que vivemos. Outrossim, é de grande importância que não supervalorizemos por um lado a questão da tecnologia, desvalorizando o papel da interação humana no processo de ensino-aprendizagem. Num cenário após a pandemia, indubitavelmente não podemos deixar de entender a importância do legado das tecnologias na educação, mas parece-nos que a plataformização do ensino deve ser vista com cuidado. Se retornamos a importantes teóricos como Jean Piaget e Lev Vigostki, sobretudo este último, destaca a relevância da interação humana no processo de aprendizagem.  Para Vigostki é o professor que na interação social com o aluno (a) percebe a sua condição e pontencial e sua condição de conhecimento e percebe a sua capacidade e o estimula para que avance no processo da aprendizagem assimilando conhecimentos.
         É importante destacar que os resultados de aprendizagem na pandemia principalmente no Brasil, demonstra o quanto a interação com os professores, de maneira pessoal e personalizada é fator de diferença total no processo de aprendizagem. Outro elemento importante a destacar é a questão de que o ambiente escolar não move apenas com a dimensão do conhecimento cognitivo, mas é um momento para o desenvolvimento social. Neste sentido, é de fundamental importância que uma supervalorização das tecnologias seja ponderada porque as tecnologias jamais substituirão o ser humano, o docente.
          Pelo contrário, parece-nos que olhando para os teóricos clássicos como Vigostki, Piaget, Henry Wallon (que dá ênfase também à afetividade no processo da educação), vemos que o caminho é sim aproveitar as tecnologias, mas sem retirar a autonomia do professor (a) em sala de aula. Percebe-se muitas vezes na plataformização do ensino, um processo de constante engessamento do processo de aprendizagem. Outro elemento, é que diminuir o número de alunos em sala de aula é o caminho para que uma aprendizagem efetive-se de maneira plena.
         Enfim, tecnologias sim na educação, mas sem tirar a autonomia pedagógica do professor; ele precisa ter autonomia para decidir como usar dos recursos tecnológicos e das metodologias que as acompanham. O objetivo sempre deve ser a aprendizagem, mas também a humanização, como afirma Charles Chaplin “mais do que máquinas, precisamos de humanidade”.

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